terça-feira, 29 de julho de 2008

Mulheres ao volante

Se as seguradoras afirmam que as mulheres são, modo geral, mais cuidadosas a conduzir, lhes fazem desconto no valor do seguro e, de acordo com dados das mesmas, "as mulheres envolvem-se menos em acidentes de trânsito, assim como as de 24 anos (por exemplo) batem 21% menos do que homens de mesma idade, e com danos 14% menores", porque é que os homens ocupam o seu precioso tempinho (sim, que poderiam estar a assistir a um GP de uma Fórmula whatever) a inventarem imagens destas?!




Ou será que isto os ajuda a manterem-se na doce ilusão de que só os homens sabem controlar as máquinas?

domingo, 27 de julho de 2008

"Currico"


"Presada Cenhora,


Quero candidatarme au lugar de auçiliar de escritório que vi no jornal. Eu teclo muinto de pressa con um dedo e fasso contas ben.
Axo que sou bom ao telfone em bora seija uma peçoa sem muitos extudos.

Sei finjir que falo linguas, principalmente as mortas e conciderome muinto intelijente e culto e não me xateio pur fazer oras estras.
O meu salario tá aberto há discução pra que a senhora possa ver o que pode pagar e a Cenhora axar que eu meresso.
Pósso comessar imediatamente. Agradessido em avanso pela sua resposta.


Cinceramente,
Paulo Costa


PS : Como o meu currico é muinto pequeno, abaicho mando 1 foto minha que uma turista ingeleza me tirou no Mecu. "


Resposta da selecionadora:

"Querido Paulo Costa,
O emprego é seu. Nós temos correcção automática no word. Compareça já amanhã."

...

E então?!


De acordo com a igualdade entre os sexos, porque é que as mulheres não poderiam tomar decisões destas?! Hum?

:)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Always look on the bright side of life

Porque alguém hoje me dedicou uma música e achei que devia retribuir…

Há por aí muita gente que devia ouvir esta música mais vezes!

Enjoy!

http://www.youtube.com/watch?v=Y_oM9iUApKU

FATifer

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pseudo-intelectuais e afins!

Pedido de desculpas enviado por mail:

"Aceito. Peço-lhe desculpa a si, à Pax e ao Fatifer. Excedi-me, com e sem intenção de ofender. Não volto a incomodá-a e espero que este mail chegue ao destino."

Como cumpro o prometido, o post foi apagado. Pedido de desculpas aceite! Felicidades para si e para os seus.

Cumprimentos

Torre de Babel



Quando tinha uns 6 anos (a idade em que ainda acreditamos no Pai Natal), alguém me ofereceu um livro chamado "O Meu Livro de Histórias Bíblicas".

Nada de novo. Acho até que já houve, pelo menos, uma reedição com imagens mais bonitas e em papel de maior qualidade.

Lembrei-me de uma das histórias que lá estava:
A Torre de Babel.

A história era assim:

Depois do Dilúvio, os filhos do Noé tiveram muitos filhos e esses mais ainda e, em breve, existia muita gente na Terra. (Uma sorte tendo em consideração que, em idade reprodutiva, estavam apenas três casais).
Um bisneto de Noé chamado Ninrode (ou seja, três gerações de reprodução mais tarde), era muito mau e decidiu a construção de uma cidade com uma grande torre como forma de controlar toda a (muita) gente da Terra.
Deus não gostava de Ninrode e queria que as pessoas se espalhassem (só não sei como essa informação terá chegado até nós...) e decidiu impedir a construção da torre.
Sabem como?
Fazendo com que todos, de repente, começassem a falar línguas diferentes!
Ah, pois! É por isso que Babel ou Babilónia significam "confusão".

A verdade é que o plano resultou, desentenderam-se todos e as pessoas que falavam a mesma língua começaram a afastar-se juntas para diferentes locais da Terra.
(Claro que alguns não só mudaram de código linguístico mas também de cor de pele, formato dos olhitos, etc, mas isso são outros detalhes).

Portanto, não foram as pessoas de diferentes locais da Terra que inventaram, cada grupo, o seu próprio código linguístico. Não, já levavam esse código inventado da sua cidade comum.

Claro que eu tenho uma teoria para a necessidade da invenção deste novo conto.
Acho que deve ter sido, mais ou menos, assim:,
Quando nos começaram a impingir certas explicações religiosas, alguém deve ter perguntado:
- Então e se nós todos descendemos do Adão e da Eva, porque é que não falamos todos a mesma língua que eles, certamente, falariam?

Ups, lá pensou o génio, vou ter de arranjar uma boa história para esta e... nasceu Babel.

É a tal coisa, uma mentira acaba sempre por gerar outra que a sustente e dificilmente termina esse ciclo.

É, claro, uma questão de fé. A fé de quem acredita no que quer e a mais não se sente obrigado.

Certamente que a teoria da Evolução e não da Criação ainda não tinha tido bases para ser pensada, mas já a temos!

O problema é que não convém aos Ninrodes que ainda querem (apesar de saberem, cientificamente, mais que isso) controlar os outros, atirando-lhes com a "questão de fé" para justificar a crença ou a ignorância.
Infelizmente, existem alguns.
.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Mente Masculina...




MENTE MASCULINA





Andava por aqui a ver imagens na net e deparei-me com estas...e pensei...será??? Será que é realmente só isto que vos passa pela cabeça? Ou só os Machos? Será que os Homens são diferentes? :)


E nós? Pensamos em quê durante o dia? ;) Como seria o nosso telecomando?

Abreijinhosssss

PS - depois de devidamente autorizado deixo aqui a imagem que eu tinha acerca deste assunto.

Gostaria de realçar que, admitindo que a imagem abaixo é mais antiga que a que se pode ver no início, parece ter havido uma evolução da mente masculina a julgar pelo número de botões! Ou será que é uma questão de diferentes filosofias em que se elaborou os comandos?

Fica também a versão feminina tenta responder à interrogação deixada no fim do texto da Afrodite

FATifer

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Caralho

Antes de mais, peço desculpa pelo titulo deste post e por todas as vezes que terei de repetir a palavra mas, por mais voltas que dê, não consigo arranjar uma que a substitua sem tirar o sentido que este texto pretende ter.

A propósito de umas conversas sobre o facto de certas palavras modificarem o seu significado ao longo do tempo, foi-me referida esta (a supra mencionada) e fui investigar.

É apenas uma teoria e, como tal, haverão outras, mas...


Fazem ideia do que era, na origem, um caralho?

O posto de vigia das caravelas e das naus dos descobrimentos!

Ah, pois é.

Comummente aceite a versão de que seria mesmo o cesto.

Era o local mais alto do mastro, de onde se tinha a melhor vista e onde os marinheiros, revezando-se, tinham de ficar durante horas ou dias em busca de novas terras ou perigos que se avizinhassem. Como muitas embarcações nem o cesto tinham (o chamado ninho da gávea), por vezes eram amarrados ao mastro para não caírem. Tudo isso a juntar ao balanço excessivo provocado pela ondulação... fazia daquela função uma das mais ingratas e, portanto, eram para lá enviados os marinheiros insubordinados ou que pior se comportassem, como forma de castigo.

Era tipo:

- Portaste-te mal, vai para o caralho!

E claro que, depois de umas horas a vomitarem, andavam mais calminhos.

Devido à comum tradição marítima com os espanhóis, acabamos por partilhar a palavra, no castelhano carajo, no galego carallo.

"según el lingüista y navegante Emilio Lovera, carajo es la parte más alta de observación de las antiguas carabelas (...) El carajo venía a ser, pues, un sitio de castigo: quien allí era enviado, estaba expuesto a toda clase de calamidades, no solo a la inclemencia del tiempo, sino al punto de mayor movimiento del barco con los consiguientes mareos."

(Laureano Márquez - Wikipedia)

Também o marinheiro Rodrigo de Triana, é referido como tendo sido o primeiro a avistar a América, desde o “carajo” da sua caravela, a Pinta, a 12 de Outubro de 1492.

(Embora me tenha apetecido escrever aqui "Portaste-te mal: descobriste a América!", prefiro não o fazer).

Ou seja, o caralho era o melhor e o pior local possível.

Pior pelo incomodo, enjoo, intempéries mais sentidas. Melhor porque dava reconhecimento ao sortudo que, no dia do castigo e ao fim de semanas ou meses no mar, avistasse uma nova terra.


Ora, claro que, além do "mandar para o castigo", a forma fálica de um mastro (não, não acho que veja formas fálicas em tudo), terá contribuído para que, posteriormente, a palavra tenha sido associada a um insulto e à intenção de mandar para o órgão sexual masculino. Aliás, existe também a justificação de que, por serem mastros grandes, alguns começaram a fazer comparações do tipo “o meu é tão grande quanto um caralho” e, por isso, a palavra acabou por ganhar o seu novo significado.
Ou seja, mais uma vez, a necessidade masculina de sobrevalorizar o pénis e usa-lo com expoente máximo da sua masculinidade equiparando-o, em tamanho, ao mastro de uma embarcação.


Acho muito curioso também é que, actualmente, a dita cuja palavra pode ser usada (no nosso vocabulário, no castelhano, no galego, etc), não só como substantivo, mas também como adjectivo ou, tão simplesmente, como substituição de uma virgula ou de um ponto final, dependendo só e apenas da imaginação de quem a pronuncia. Isso, nem o Cristóvão Colombo nunca deve ter antevisto.

E pronto. Como tudo o que faz parte da vida é cultura; espero ter contribuído para o enriquecimento da cultura geral de quem o leu.

:)

sábado, 19 de julho de 2008

Poema?...

Hoje deixo-vos um “poema” que não sei quando escrevi, até porque, ao contrário dos outros dois que já mostrei, não foi escrito de uma só vez… leiam e, se quiserem, digam-me o que pensam.


Porquê?

A eterna questão!
O Homem tem necessidade
de explicar a realidade!

Não conseguindo acreditar
que é o acaso que governa
esta sua busca de ordem eterna.

Com uma teoria tudo explica
até que pela experiência esta claudica.
De novo volta a tentar
até perceber que vai fracassar.

O ciclo recomeça
parece que paga uma promessa
A religião será solução?
nela tudo tem explicação!
Não, a religião não...
Não é com o coração
Que se pode explicar
A dúvida da razão.

Será esta uma dúvida sem fim?
Espero que sim!



Bom fds,
FATifer

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Diagonal

Aqui há uns tempos recebi um email (do qual agora me lembro) que tinha um titulo muito sugestivo.

Era algo do género "Novas posições para sexo".

As instruções eram claras: bastava clicar-se em cima para se verem.
Claro que cliquei e claro que não era aquilo que qualquer pessoa pensaria que poderia ser...
(sim, que não me digam que achariam que não teria nada a ver com o tal famoso livro, porque só por o estarem a excluir já é a prova de que teriam pensado nele).

Entre outras, as imagens tinham algo assim no género:

S................................O........O..............................S
....E........................X................X.......................E...
........X................E.........................E...............X......
............O........S.................................S........O.........

Finalmente!

Até que enfim percebi porque tanta gente usa a expressão "ler na diagonal" quando quer dizer que não leu com muita atenção (ou não quer admitir que não percebeu patavina). É que não é nada fácil!

Eu não consigo ler facilmente na diagonal.
Quando tenho de ler um texto e não tenho muito tempo, não me agrada, ou não consigo perceber onde é que o seu excelentíssimo autor quer chegar, tento ler (na horizontal) a última frase de cada parágrafo ou o último parágrafo do texto. Normalmente é o melhor.
Quando nem isso consigo fazer, leio o titulo e tento que não me façam perguntas sobre o assunto.

Agora, na diagonal, a sério que admiro quem o consegue fazer.
:)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Saudadinhas...

Amiga, companheira..."colega" de blog, se nos lês POR FAVOR...dá-nos um sinal. Temos saudades tuas China Girl....volta para nós! Vá...um esforço...vá lá!!!!

Saudadinhas...falo por mim e pelo resto dos companheiros de blog de certezinha absoluta!

Abreijinhosssss estejas onde estiveres (espero que cheguem em bom estado)

domingo, 13 de julho de 2008

Conversas de homens…

[Great Movie Scenes] Scent of a Woman - Women

Viajando pelos meandros da minha mente lembrei-me desta cena, deste filme que adoro.

Pois qualquer homem que é homem não precisa que eu diga mais nada, não é? Mas pergunto-me o que pensam as mulheres ao ouvirem esta conversa? Sentir-se-ão lisonjeadas? Ofendidas? … infelizmente não encontrei nenhuma versão com o fim da conversa:
(CS = Charlie Simms – Chris O’Donnell ; FS = Frank Slade – Al Pacino)

CS: You really like women!...
FS: … above all things! … a very, very distant second is a Ferrari.

E agora já haverá mais mulheres ofendidas? Ou nem por isso?

Certos homens têm a mania de pensar que é monopólio do género masculino este tipo de conversas. Acredito que ficariam muito espantados (para não dizer horrorizados) ao saber que elas, por vezes, são piores a falar sobre nós, não é caríssimas leitoras?

Lanço assim o debate, gostaria de saber a vossa opinião sobre este tipo de conversas, quer seja homens entre eles a falar de mulheres, quer seja mulheres entre elas a falar de homens…
(preferia que ficássemos na esfera de heterosexualidade se não se importam)


FATifer

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Gaja

O que é uma "gaja"?

Isto é uma daquelas coisas que também me custa a compreender. Porque é que, actualmente, tantas mulheres se referem a si próprias como sendo "gajas"?

Quando comecei a falar português (por volta de um ano de idade) e durante toda a época de formação (que, felizmente, ainda não acabou), sempre fui cimentando a ideia de que a palavra "gaja" seria depreciativa. Ouvia coisas do tipo: "Aquela gaja que anda metida com o Manel da mercearia", "Esta gaja é uma aldrabona" ou "A gaja que a corporação de bombeiros engatou". Ou seja, ser "gaja" não era bom.

Actualmente, o que vejo são frases deste tipo "Eu sou uma gaja fixe", "Sou uma gaja honesta" ou " Sou uma gaja que sabe o que quer".

Em que é que ficamos afinal?

O conceito de "gaja" mudou ou o que mudou foi o conceito do bom/mau e, afinal, é bom ser mau? É que também oiço coisas no género "Ele não me telefonou ontem mas eu furei-lhe dois pneus e passei a chave de fendas pelas portas do carro! Eu sou uma gaja justa e com quem não se brinca!" ou "Eu já dormi com metade do bairro: sou a melhor gaja com quem tu já andaste!"
...
Onde é que a palavra "gaja" passou a ser elogiosa para uma mulher?
Desde quando é que "Eu sou uma gaja muita maluka" é dito como quem realizou um grande feito?
?
Não quero criticar quem o faz.
Em muitos casos deve ter-se tornado num habito e é uma palavra tão vulgar como qualquer outra mas, a mim, ainda não me conseguiram convencer.
-
Recuso-me a chamar "gaja" a quem não quero depreciar e, a menos que a ideia seja depreciar-me... gaja, não!

domingo, 6 de julho de 2008

Rotinas...

Hoje quando me entregava a algo, que já foi uma rotina para mim mas hoje é apenas um acto esporádico a que me obrigo de vez em quando… (falo de algo que alguém que tem uma mota e gosta de tomar conta dela, sabe bem o que é, o ritual de limpar a mota, de a pôr a brilhar… eu tenho duas e hoje decidi pô-las a brilhar…) mas, como dizia, este ritual para mim já foi uma rotina e por isso lembrei-me de vos falar sobre rotinas…

Rotinas… todos temos as nossas… pergunto-me se conseguiríamos viver sem elas? Devia talvez definir “rotina” e falar de todo um conjunto de teorias que tentam explicar o conceito mas… em vez disso pergunto-vos se não conhecem pessoas que, por e simplesmente, não conseguem fugir a determinadas rotinas de tão arreigadas as têm nas suas vidas, não? – sempre que falo neste assunto, lembro-me dos pais de um amigo de infância que tinham de sair da praia de forma a chegar a casa às 13h pois era essa a hora de almoço! Sempre me fez muita confusão aquele modo de estar mas…

Como disse todos temos as nossas rotinas… proponho-vos o seguinte exercício (se é que já não o fizeram) tentem “olhar” para um vosso dia “normal” e detectar o conjunto de actos que fazem que possam classificar como rotinas. Depois pensem “se não fizer isto ou aquilo como me sinto?” digo-vos que podem até surpreender-se!...

Conheço pessoas que, se não cumprem uma certa rotina ficam visivelmente afectadas, chegado a ficar irritadas! Outras até parecem não ter rotinas (mas não será isso em si uma rotina? Ok, já estou talvez a exagerar… )

Não sei se concordarão com esta minha ideia mas penso que o que estamos permanentemente a fazer é a tentar criar rotinas. A rotina é forma que temos de lidar (“dominar”) o que nos rodeia. Quando aprendemos a fazer algo o que fazemos? Memorizamos o conjunto de acções necessárias a executar certa tarefa, não é? Assim, aquilo que nos dá esta fantástica capacidade de moldar o nosso meio de acordo com as nossas conveniências é igualmente o que nos prende a fazê-lo… onde estou a querer chegar? … hum… não sei bem… talvez ao facto, que todos já constatámos, que há um conjunto de actos que praticamos todos os dias e que por vezes já nem pensamos porquê os fazemos… o que, para uns é uma “prisão” para outros tornaram-se indispensável… estarei a misturar conceitos de rotinas? Talvez… ao falar no geral corro esse risco… poderão dizer que não devia pôr coisas como lavar os dentes ou tomar banho no mesmo plano de coisas como conduzir um carro (ou uma mota) ou ter de almoçar naquele restaurante… (por falar em restaurante e em rotinas lembrei-me de outra coisa que sempre me fez muita confusão: aquelas pessoas que em casa como numa cantina estabelecem uma rotina, isto é, à 2ª come-se isto, à 3ª aquilo, à 4ª aqueloutro, etc. … sim já comi em cantinas e tive de tolerar este tipo de rotina mas em casa? Não se fosse assim na minha casa talvez não estranhasse mas felizmente não é por isso sempre me perguntei porque fazem isso? Será preguiça? Será porque é mais prático? Ou será que não gostam de surpresas?... eu sempre adorei quando chegava a casa e a minha mãe dizia que tinha um prato novo para o jantar (ok não era todos os dias mas…))

Voltando à questão do lavar os dentes ou do banho, uma coisa é o facto de sermos “obrigados” a fazê-lo outra é como os fazemos, a forma como os encaixamos no nosso dia… se só tomamos banho ao fim do dia ou no início ou as duas coisas… quantas vezes lavamos os dentes por dia… falo nestes dois exemplos mas o mesmo raciocínio será aplicável a muitas outras coisas.


Será que tenho divagar mais para vos deixar a pensar neste assunto?


Fico à espera das vossas opiniões…

FATifer

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Amizades virtuais

Continuando a saga do importante tema da Amizade (se bem que mais importante que Onanismo ou Poesia é difícil ;), há um tipo de amizade que ainda não deve ter sido muito bem estudada.
Eu, pelo menos, estou com alguns problemas em a compreender.

Tanto na minha vida pessoal como profissional lido com muitas pessoas.

Alguns, ao longo da vida, tornaram-se amigos; outros continuam conhecidos; a maioria são e serão simples passantes. Todos os dias conheço novos passantes. Um ou outro acaba por se tornar conhecido ou, eventualmente com o tempo, amigo.

Não me lembro de que alguma vez tenha sentido algum tipo de carência em termos de relacionamentos com pessoas.

Falo de amizade, nada mais.

Isto para dizer que nunca fui de me "agarrar" demasiado a situações passageiras ou, previsivelmente (por diversas razões), sem hipóteses de continuidade.

No entanto, não consigo evitar sentir algum "apego" ou carinho por pessoas a quem, por variados motivos, encontro qualidades ou características que me fazem sentir admiração ou afinidade.

Agora, no mundo virtual, como é que isto funciona?

Será que tem de ser tão diferente do mundo "real"?

Se sentimos a ausência dos amigos reais quando não dão noticias durante muito tempo, não será legitimo sentirmos o mesmo ainda que por "desconhecidos" virtuais?

Será que uma amizade não pode ser uma boa amizade e ter continuidade, ainda que as pessoas se não conheçam fisicamente?

O conceito de amizade não será, principalmente, não de afinidade física mas sim intelectual ou comportamental?

Porque é que as pessoas que consideramos uma classe especial de "conhecidas/amigas" ou, pelo menos, mais que passantes (ainda que as não conheçamos), um dia, sem nenhuma explicação e com a maior facilidade, deixam de existir?

Apenas porque é fácil?

E porque é que é tão mais fácil deixar de dar noticias aos amigos virtuais que aos que se conhecem fisicamente?

Serão as amizades virtuais apenas isso? Nada de real? Como um qualquer jogo que terminamos quando temos de ir almoçar?

Parece-me que estes "desaparecimentos" são e serão situações frequentes. Certamente verei outras idênticas no futuro.

Ainda que não seja uma questão que me preocupe sobremaneira, gostaria de melhor compreender este fenómeno.

E vocês, já as sentiram também?

Lamentam ou, pelo contrário, acham natural que assim seja?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Amigos e amigos…

Ler este texto (e os comentários a ele associados) deste blogger que muito aprecio, fez-me lembrar um episódio da minha vida… antes de vos contar tenho, no entanto, de fazer uma breve introdução, explicando-vos a minha forma de pensar neste campo das amizades.
Não sou o único a achar que uma amizade verdadeira é rara. Assim tenho para mim a seguinte “classificação”:

Amigo (com A) – aquele que é nosso amigo verdadeiro com quem podemos contar em qualquer situação. Uma espécie rara.

amigo – todos aqueles com quem simpatizamos, partilhamos interesses gostos, gostamos de conviver, etc – alguns (poucos) podem tornar-se nossos Amigos.

Conhecidos – pessoas que cumprimentamos mas mal conhecemos. Podem por vezes vir a torna-se amigos.


Ora o episódio que me lembrei é o seguinte: um dia uma rapariga (que para mim seria uma amiga recente) ficou muito ofendida comigo por, depois de lhe ter a explicado a classificação que acima expus, lhe ter dito que ela era minha amiga. Ficou muito ofendida pois já se achava no direito de ser minha Amiga. Como disse (e penso que a maioria concorda comigo) Amigos são poucos. Penso que até coloquei a hipótese de ela vir a ser minha Amiga um dia mas era, na verdade, optimismo da minha parte pois acabámos por perder o contacto (sim há muitos episódios que levaram a este desfecho mas… isso seria um outro post).

A pergunta que deixo (de fácil repostas penso eu) é se, tal como ela, acham a minha “classificação” absurda, sem nexo? Para ela a destrinça entre Amigos e amigos não tem razão de ser…

Aguardo as vossas opiniões…

FATifer
PS - As minhas desculpas por voltar a assuntos “sérios” mas que posso eu fazer? Sou assim mesmo, não há volta a dar...