segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Monólogo de mim… IV

Já expliquei por aqui que não me identifico com o significado literal do meu nick mas dei por mim a fazer isto:


… talvez por necessidade de congruência, juntar o kanji japonês para “morte” ao meu nick faz sentido…

Congruência… ora aí está algo com que me tenho debatido ultimamente. O tempo adicional para pensar leva a reflexões e análises mais cuidadas e, como sempre, o meu objecto preferido sou eu próprio. Dou por mim a analisar as diferentes imagens que sei ter produzido para diferentes “públicos alvo” (por assim dizer) e a tentar achar a coerência entre todas essas faces do meu eu… seria demasiado arrogante ter a pretensão de conseguir controlar todas as minhas imagens mas, talvez por isso, devia conseguir que fossem coerentes… por mais que não seja algo que dependa exclusivamente de mim (a forma como os outro me vêem depende também deles mesmos), tento que haja essa coerência. Ok, certas pessoas não conhecerão certas facetas minhas (nem sempre isso é propositado) mas gosto de analisar o feedback que recebo dos outros e verificar, por ele, a imagem que têm de mim…
Ser congruente é conseguir que a frase “faz o que eu digo não faças o que eu faço” não se aplique a nós. Eu vou tentando…


FATifer

2 comentários:

  1. Meu querido,
    não conseguimos nunca controlar as variáveis todas e ser-se sempre coerente torna-nos até um tanto ou quanto maçadores.
    Digo isto porque se toda a gente souber de antemão o que vamos dizer a seguir, mais vale não fazer o esforço sequer. (lol)
    Eu estou a dizer isto fazendo um pouco como o outro... "olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço", pois tenho horror só em pensar ser incoerente ou cair em contradição!!
    Mas... temos pelo menos de deixar em aberto uma pequenina faixa para podermos fazer os ajustes que de vez em quando é preciso fazer... senão não evoluímos... e isso é MAU!

    Beijocas em diálogo... :)

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  2. Cara Orquídea,

    Por mais que se possa argumentar que sendo uma coisa acabas por ser a outra, ser coerente não é sinónimo de ser previsível. A faixa, que mencionas, que devemos deixar para ajustes, deve permitir que possamos fazer algo (quer seja: dizer, tomar uma atitude, agir de uma certa forma, etc) que não tem necessariamente de ser previsível. Por vezes fazemos coisas que só analisado todo o contexto podem ser consideradas coerentes com o resto do nosso ser; se vistas isoladamente podem até parecer absurdas.
    Concordo que é essencial ter a capacidade de evoluir e tal só é possível experimentando coisas novas mas para isso não temos de deixar de ser coerentes (pelo contrário se o fizermos algo pode não estar bem e não estarmos realmente a evoluir).
    Como disse, tenho a noção que a minha imagem, para diferentes pessoas, não é exactamente igual (para alguns até devo parecer maçador/sem interesse). É obvio que haverá pontos comuns (afinal eu sou uma só pessoa, não sofro de esquizofrenia) mas sei que há quem tenha imagens de mim que não coincidiriam com a que eu daria de mim próprio. Em certos casos sei que consegui passar uma imagem que me interessa, por alguma razão, noutros apenas aconteceu ficaram com uma imagem diferente.
    Sei que há (pelo menos) dois factores a considerar: um, já referi, prende-se com o facto de a imagens que os outros têm de nós dependerem também deles e o outro de que é muito raro revelarmos tudo sobre nós a alguém (eu pelo menos sou dessa opinião).

    (mais uma vez o assunto é demasiado amplo para esta caixinha de diálogo…)

    beijinhos,
    FATifer

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