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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Abdico (?) do que não posso…


A decisão é estúpida mas está tomada, abdico de viver. Vou continuar a sobreviver sem propósito além da teimosia de querer existir (ou de não fazer nada para deixar de). Se viver por instantes perdoem-me, não é por mal, nem é minha vontade ser incoerente apenas o sou, por instantes…

Abdico de tentar perceber o mundo. Abdico de tentar ser um ser melhor. Abdico de tudo o que seria suposto merecer por pura preguiça de tentar conquistá-lo. Abdico da minha individualidade, vejam-me como mais um número, por favor! Abdico de ser diferente. Abdico de querer seja o que for que queria ou era suposto querer ter ou fazer…

Fosse eu capaz de fazer o que disse e não este cobarde que nem essa decisão conseguirei cumprir e faria o que escrevi, pois seria o mais lógico neste momento mas até o meu mundo lógico já perdi…


FATifer

sábado, 28 de julho de 2012

Não posso ser eu…


Não posso ser eu… não devo ser eu… tenho de ser a versão educada, polida, disfarçada, mutada… tenho de fingir, tenho de agir, devo camuflar-me, devo…

Mas porquê?!

Porque o homem é um ser social, gregário. Porque não posso viver sozinho..

Mas porquê?!

De tanto fingir outra coisa já nem me reconheço, já nem sei como sou realmente… e ainda tenho de levar com os outros a pôr defeitos, a apontar culpas…

Mas porquê?!

Sim… eu sei… a pergunta não está certa… não devo perguntar “porquê” mas sim “como”… “como posso mudar isso?” mas, por momentos, deixem-me dar-me ao luxo de não querer ser perfeito. Por instantes deixem-me tentar a apenas ser eu, custe o que custar ao mundo! Daqui a pouco acordo e volto a tentar ser o que todos acham que devo ser, só para não gerar conflitos…

FATifer

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Viagens no meu mundo… XI

Gostava de ser diferente em alguns aspectos mas não sou. Há coisas que não se mudam (ou pelo menos não de um dia para o outro). Gostava de ter um sonho, de ter aquela força interior enorme que leva todos aqueles que têm grandes sonhos a correr atrás deles, a fazer tudo o que podem e o que não podem para verem o seu sonho realizado e depois lutarem para que ele não desapareça. Gostava… mas os meus sonhos, são apenas isso, sonhos, ideais, inalcançáveis, projecções de quão perfeito seria o mundo se obedecesse aos meus desejos. Perfeito? Sim, perfeito para mim, aos meus olhos… para outros talvez estivesse longe de o ser.
Gostava de não apenas dizer que gostava. Gostava de fazer algo mas hoje a minha área de conforto (por definição) está demasiado confortável, talvez amanhã…


FATifer

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Monólogo de mim… IV

Já expliquei por aqui que não me identifico com o significado literal do meu nick mas dei por mim a fazer isto:


… talvez por necessidade de congruência, juntar o kanji japonês para “morte” ao meu nick faz sentido…

Congruência… ora aí está algo com que me tenho debatido ultimamente. O tempo adicional para pensar leva a reflexões e análises mais cuidadas e, como sempre, o meu objecto preferido sou eu próprio. Dou por mim a analisar as diferentes imagens que sei ter produzido para diferentes “públicos alvo” (por assim dizer) e a tentar achar a coerência entre todas essas faces do meu eu… seria demasiado arrogante ter a pretensão de conseguir controlar todas as minhas imagens mas, talvez por isso, devia conseguir que fossem coerentes… por mais que não seja algo que dependa exclusivamente de mim (a forma como os outro me vêem depende também deles mesmos), tento que haja essa coerência. Ok, certas pessoas não conhecerão certas facetas minhas (nem sempre isso é propositado) mas gosto de analisar o feedback que recebo dos outros e verificar, por ele, a imagem que têm de mim…
Ser congruente é conseguir que a frase “faz o que eu digo não faças o que eu faço” não se aplique a nós. Eu vou tentando…


FATifer

terça-feira, 14 de junho de 2011

Monólogo de mim… III

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

(in “tabacaria” – Fernando Pessoa (Álvaro de Campos))

Recorrentemente relembro este início deste poema de Fernando Pessoa…
Recorrentemente o sinto como meu, por expressar tão bem o que sinto…
Recorrentemente penso que não o devia sentir assim…
Recorrentemente sonho mas acordo…


FATifer

PS - Até o Google assinalou o aniversário de Fernando Pessoa ontem, notaram?


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Analogias minhas… III

Tal como só quando mudamos de escova de dentes nos apercebemos quão gasta estava a aquela que deixámos de usar, também a vida tem esta forma subtil (ou por vezes nem tanto) de nos fazer ver as coisas…

Hoje, desde a senhora que encontrei no Chiado a vender poemas para sobreviver e que se despediu de mim dizendo “aproveite a vida, é muito novo”, a mais uma discussão estúpida com a minha mãe tenho muito que analisar… tenho muito em que pensar e interpretar os sinais que recebi hoje… ou melhor terei de agir, terei de corrigir o que está mal e há muito sei mas nada faço, qual procrastinador sentado no seu mundo “perfeito” e confortável sem vontade de se mexer…

A vida ensina-nos se quisermos ouvir, ver, sentir o que ela nos mostra mas nem sempre a deixamos…

FATifer

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ideias perigosas…

Se me tirassem tudo o que tenho deixava de ser quem sou? Não! Então porque insisto em ter isto ou aquilo? … mas como posso eu viver sem tudo o que me rodeia e que acumulei até hoje?

A metafísica não é consequência de se estar mal disposto como dizia o poeta mas de se ter demasiado tempo para pensar…

FATifer

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Monólogo de mim… II

Estava entretido a ler coisas que escrevi há anos e encontrei duas coisas que decidi partilhar aqui.

A primeira é uma reflexão que origina o título que dei a este texto:

“Já disse que o meu mundo é pequenino e só lá entra quem eu quero … em comparação com outros mundos e com o mundo dito “real” é um local maravilhoso, talvez… sim, depois de ouvir certas histórias de outros mundos só posso chegar a essa conclusão!
Cada um tem o seu mundo, é verdade, e lá só nós mandamos. O “problema” é que o nosso mundo tem de coexistir com o mundo real e (por vezes) este tem tanta força que esmaga as nossas barreiras e muda-nos o nosso mundo (por vezes) de forma indelével e assim temos (por vezes) de rever os nossos valores e até as nossas certezas!
Continuo a gostar do meu mundo… por mais que cada vez que deixo entrar algo/alguém novo seja bom e mau… também não pode ser totalmente estático. Sou uma ilha ou melhor sou uma península com um istmo estreito mas com tendência a alargar…”

A segunda, os dois versos finais de um (pseudo) poema que escrevi para uma amiga em resposta uma duvida existencial que ela tinha:

“Estarmos felizes até pode ser algo ocasional
Mas sermos felizes não é nada de acidental!”


FATifer

domingo, 8 de maio de 2011

Para reflectir…

Quero partilhar convosco uma frase que ouvi ontem da boca de Tiago Forjaz, mentor da Fundação Talento.

“…perguntei a uma criança: “o que é o talento?” e ela respondeu na sua simplicidade: “é uma coisa que fazemos e gostamos…””


FATifer

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Analogias minhas…

Fazer um puzzle é um espelho da vida… há peças que olhamos e vemos logo onde devem ficar… há peças que demoram a encontrar… há peças que parecem que encaixam num lugar mas afinal são noutro… há peças que encaixamos de seguida quase como por instinto… há peças que temos de experimentar em vários locais até ver onde encaixam…
Mas por fim tudo encaixa… demore o tempo que demorar… tudo encaixa!


FATifer

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Prestes a desibernar!

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O post anterior motivou-me a uma longa, altamente filosófica e profunda reflexão. Tão profunda mas tão profunda que até tive uma certa dificuldade em a conseguir desenterrar:
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Eu sou o oposto dos ursos (ó mas que bom pra mim); e sou como os Mon Cheris!
Não é no Inverno que hiberno e desapareço de circulação durante o Verão!
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P.S.
Também poderia dizer que sou um doce, com um recheio surpreendente e embriagante, que quem já me trincou até lambe os dedos e tal mas como tenho a certeza absoluta que nunca nenhum leitor deste blogue alguma vez me descascou... tal facto tornar-se-ía de impossível confirmação ;)
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Inté!

sábado, 28 de agosto de 2010

A vida continua… 6

Pois é, o tempo vai passando… hoje o meu avô faria 89anos…

Olho para o quadro que estava num canto da sua sala e que agora pendurei a um canto da minha... recordo os livros que lhe ofereci e que estavam na estante logo ao lado… por mais que, como tinha afirmado, ultimamente ele já nem a isso ligasse, senti falta de não ter ido comprar um para lhe oferecer…

A vida continua… parabéns avô.

FATifer

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Queremos sempre mais…

É da natureza humana nunca se estar satisfeito com o que se tem. No entanto, dei por mim analisando e concluindo que tenho tudo de material que poderia querer… ok, não tenho “tudo o que poderia querer” pois não sou rico mas tenho o suficiente para me dar por satisfeito e até para me considerar um privilegiado. Talvez porque não tenha ilusões de grandeza nem sonhos demasiado altos (uns diriam que serei pouco ambicioso, outros que sou demasiado conformado) mas é um facto que não sinto aquela necessidade de algo que nunca terei que parece caracterizar certas pessoas que nunca parecem estar satisfeitas. Eu sei que há teorias do campo da psicologia (ou até psiquiatria) que explicam (ou tentam explicar) isso mas teorias à parte, não sei se sou eu que estou mal por não ter dentro de mim essa força que me levaria a grandes feitos talvez em busca do inalcançável ou se estou bem, pois até sei dar o valor ao que tenho e tento gozá-lo o melhor que posso (à minha maneira muito particular à vista de alguns).
Onde estou a querer chegar? Nem eu sei… para todos os efeitos acho que apenas escrevi para aqui um dos flashes dos muitos pensamentos que me ocorrem quando deixo a minha mente vaguear sem controlo… mas o que escrevi poderá explicar/justificar, em parte, que já tenha afirmado aqui mais que uma vez que me sinto bem comigo.


FATifer

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Será castigo?

Como se já não me chegasse os dois pombos que deixei nascer a um canto da varanda e estão assim:


hoje quando cheguei a casa o que é que eu encontrei na marquise que acabei de fechar?




Sim, era um morcego e não me perguntem como entrou sem me aperceber…

Pergunto-me eu se isto não será castigo por dizer que não gosto de animais de estimação?

Bom feriado para todos,
FATifer

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A vida continua… 5

A casa do meu avô está quase vazia… a minha está cheia de coisas espalhadas por arrumar… é uma sensação realmente estranha ver aquela casa vazia, paredes despidas… tenho muito para arrumar, escolher e seriar…. Uma coisa é certa vou continuar a viver rodeado de memórias do meu avô!

A vida continua… mesmo.


FATifer

domingo, 4 de abril de 2010

A vida continua... 4

Esta é a bancada de trabalho do meu avô que agora está em minha casa. Ainda lhe falta um móvel que ele próprio fez e que a complementa com espaço de arrumação. Não foi fácil mas tinha de arranjar espaço em minha casa para este tesouro do meu avô. Como já afirmei, espero dar-lhe uso e continuar a criar nela tudo o que me apetecer como muitas vezes fiz em casa do meu avô. Foi nela que aprendi a serrar, a limar… muito antes das aulas de trabalhos manuais na escola. É uma peça de mobília que tem grande significado sentimental para mim.


Também herdei esta estante de parede que ainda tenho de pendurar no meu corredor. A pouco e pouco a casa do meu avô vai ficando menos cheia e a minha mais composta…

A vida continua...

FATifer

sábado, 27 de março de 2010

Introspecção

Será que o que penso que sou não passa de uma imagem que gosto de alimentar para não ter de aceitar o que realmente sou? Será que acho que sou especial só porque não quero aceitar que sou banal? Será que mereço a sorte que tenho? E como é que se merece isso? Será que a sorte é realmente sorte ou um azar disfarçado?...

E porque será que me faço todas estas perguntas “estúpidas”?

FATifer

sábado, 20 de março de 2010

A vida continua… 3


Uma casa com o recheio de uma vida permite grandes viagens nas memórias que suscita…

A casa do meu avô tem-me permitido também entender/explicar algumas facetas do meu modo de estar na vida, por exemplo:

Sempre ouvi a minha avó (mãe da minha mãe, portanto não a esposa do meu avô de que falo, que era o pai do meu pai) dizer “guarda o que não presta, acharás o que é preciso”. O meu avô não o dizia mas praticava-o, assim é facial de concluir que tenho a quem sair!

Sempre gostei de descobrir coisas por mim pelo que é para mim delicioso encontrar uma caixa cheia de fotos que nunca tinha visto, embora possa até ter ouvido falar das histórias que elas documentam. O meu pai desespera com o tempo que levo a olhar cada caixa e o que contêm mas tomei por princípio que nada será deitado fora sem que seja visto. Claro que leva tempo mas há coisas que seria criminoso deitar fora, outras, insisto em guardar só à luz da regra da minha avó que citei acima… por outro lado não posso deixar de sorrir quando oiço o meu pai dizer: “olha, sabes o que é isto?” ou “eu lembro-me disto…” e lá vem mais uma história…

Já referi as ferramentas do meu avô que orgulhosamente vou herdar e espero dar uso, por mais que não seja fácil dada diversidade. Os livros que parecem nascer naquela casa também, não sendo uma surpresa, começam talvez a ser um problema por não sabermos o que fazer a alguns…

O meu avô era um homem de pormenores, há coisas naquela casa que só um homem como ele, com a sua paciência, habilidade e atenção ao detalhe faria… ao apreciar alguns desses pormenores dou comigo a pensar comigo mesmo, até que ponto é que algumas dessas características que me atribuem a mim também são genéticas ou absorvidas por convívio com ele?

A viagem pela casa do meu avô vai continuando e a vida continua…

FATifer

domingo, 14 de março de 2010

A vida continua… 2

É uma sensação estranha estar em casa do meu avô a olhar para as coisas e avaliar… este móvel fica bem na minha casa… isto é lixo… este móvel não cabe lá, é pena… pai posso ficar com este quadro ou querias para ti?… o que vamos fazer àquele candeeiro?...

O meu avô vivia numa casa alugada pelo que existe uma certa urgência em esvaziá-la. O exercício de escolher e destinar tudo o que o meu avô acumulou numa casa numa vida é penoso e interessante ao mesmo tempo, por todas as memórias que suscita.

Vou ficar com todas as ferramentas do meu avô pois o meu pai não tem espaço para elas e pode sempre pedir-me quando precisar de alguma. Vou aproveitar alguns móveis para minha casa. Vou candidatar-me a alguns livros e assim de repente ficarei com uma biblioteca muito mais composta.

Vai dar muito trabalho esvaziar a casa do meu avô e a sensação é sempre estranha porque tudo aquilo na minha mente ainda é o do meu avô…

A vida continua…

FATifer

quarta-feira, 3 de março de 2010

O 3 ao contrário da casa de Sintra

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Costuma dizer-se que a ignorância é a mãe do atrevimento -e eu também acho que o saber não ocupa lugar- pelo que, embora o texto não seja meu (recebi por e-mail) e não costume publicar algo que não seja meu, teve interesse suficiente para que me tenha apetecido partilhar.

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"Sintra, foi terra de Templários, Maçonaria, Priorados e Orgias.
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Ao que parece o facto de o número se encontrar ao contrário era um sinal para pessoas de fora identificarem o local do culto secreto. Já que está a ter tanta visibilidade (o vídeo da Maitê Proença), seria bom lembrar que aquela porta pertence ao antigo Hotel Victor - frequentado por Eças,Camilos, Ramalhos e outros grandes intelectuais do Séc.XIX e que, como é sabido, surge inclusivamente retratado nos Maias.
É também de recordar que quem o mandou construir foi o Victor Sasseti, dono do Hotel Bragança, em Lisboa, maçon e grande amigo de António Carvalho Monteiro e do Luigi Manini, que lhe fez o projecto do Cottage Sasseti, na encosta dos Mouros, agora propriedade da Câmara.
Claro que o Sasseti pôs o número ao contrário de propósito! Nesta «vilazinha» tudo tem certo espírito secreto.
O três invertido, tal como o triângulo invertido, representa o princípio masculino.
O número três, como o cinco ou o sete, tem importantes conotações maçónicas (por exemplo, os três símbolos da Maçonaria são o Esquadro, Nível e o Fio de Prumo).
Três são também as Graças, como se pode ver no painel da Regaleira.
Já para não falar da triplicidade do tempo (passado, presente e o futuro) e de outras coisas que davam pano para mangas.
Ainda:
O número 3 invertido passa a ser um "E", e é chamado de "poder do 3".
Esta letra representa o olho (de Hórus).
Simboliza Marte. Representa talento. Representa guerra. Representa também a Estrela de David.
O 3 invertido é ligado ao aliviar de stress e ansiedade.
Uma técnica de oratória para controlo dos ouvintes muito usada pela Maçonaria é usar este poder do 3 invertido ou olho, dividindo a oratória em 3 tópicos, pois o cérebro de quem ouve assimila melhor do que se for em 2 ou 4.
Aquela placa de 3 invertido poderá unicamente representar uma moradia Judaica, uma forma de dizê-lo ao mundo sem que a maioria das pessoas entendam."


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Moral da história:

Lá porque não a conhecemos, não quer dizer que tudo não tenha uma explicação!
E sim, vale sempre a pena conhecermos um pouco melhor o que é nosso, o que faz parte seja de que cultura for e do mundo em que vivemos!
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(P.S. místico: a data de hoje também está cheia de "3"... ;)
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