quinta-feira, 29 de abril de 2010

O (in)sustentável peso da Verdade

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Há uma coisa que, por mais que eu olhe para trás na minha vida, não consigo encontrar um único exemplo de que alguma vez tenha sido verdadeira e me tenha arrependido. Nunca.
Não consigo arrepender-me por, em momento algum, ter respondido com a verdade ao que me foi perguntado, principalmente a alguém de quem gosto.
Mas já menti. E já lamentei te-lo feito.
Já me mentiram. Já lamentei, e irremediavelmente muito, por mo terem feito. Penso mesmo que talvez seja a única mágoa que consigo guardar de alguém de quem tenha gostado: o facto de me ter mentido, de não ter tido o carácter suficiente para enfrentar as consequências da verdade, fosse ela qual fosse.
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Já sofri, e muito, como resultado de ter dito a verdade. Mas sofrimento não implica arrependimento.
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Meço por mim o que acho que mais faz sofrer os outros e prefiro mil vezes magoar alguém com uma verdade do que com a piedade da falta dela.
Sofro as consequências. Bem mais difíceis do que qualquer rodear de questão, do que qualquer sorriso de negação. Consequências, quem sabe, tão irremediaveis quanto o facto que lhes deu origem... e o de não ser negado. E seria tão fácil negar...
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Mas, chorar por chorar, prefiro chorar em consequência de não ter querido mentir do que por não ter sido verdadeira, principalmente comigo própria.
Principalmente a quem respeito e amo, duvido que alguma vez queira saber mentir. Quem me respeitar e amar, só tem de saber o que para si valerá mais.
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domingo, 25 de abril de 2010

Olhar o céu…



Pode até nem parecer mas estas duas imagens foram tiradas do mesmo local (a minha varanda). Claro que em dias diferentes!

Estava hoje a olhar para elas e, porque tenho esta mania de ver coisas onde elas não existem, dei comigo a pensar que a primeira podia ser o dia de hoje em 1974 e a segunda o dia de hoje, hoje… será? Alguns dirão que não, que a segunda imagem tem poucas nuvens e tons demasiados relaxantes para espelhar o dia hoje. Outros dirão que a primeira tem pouca luz para poder simbolizar a esperança daquele dia há 36 anos. Não sei… foi apenas uma ideia que me passou pela cabeça e que posso pôr aqui porque, há 36 anos uns quantos “malucos” fizeram uma revolução com cravos que me permite dizer o que penso desde que nasci…


25 Abril sempre!
FATifer

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lady in red


(imagem da net)



Olhem a imagem acima mas imaginem que: o cão era um caniche, não está a nevar, a rua é de Lisboa e o sobretudo da senhora é um robe. Conseguiram? Pois foi o que eu vi noutro dia… fiquei sem saber se devia ficar contente por no meu bairro as pessoas ainda se sentirem à vontade de vir de robe para a rua passear o canito ou se, por outro lado, deveria ficar indignado pela senhora decidir mostrar-me que tem um robe vermelho e vir para a rua nessa figura (sim, não era uma “gaja boa“, longe disso!).


FATifer

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Uma pérola…

“… nunca trabalharemos em equipa porque ele nunca será tão humilde como eu sou!”

O “ele” desta frase sou eu e esta frase foi proferida por uma colega de trabalho. Esta é daquelas afirmações que seja qual for o contexto é um paradoxo em si mesma. Espelha um conjunto de confusões e concepções erradas que esta minha colega tem na sua linda cabecinha. Também permite perceber como, por vezes, pode ser difícil conseguir trabalhar com alguém que pensa deste modo. Podia revelar mais umas pérolas mas esta chega, com certeza, para todos os que me conhecem estarem, desde que a leram, de boca aberta como eu quase fiquei quando a ouvi.

Não tenho muito a acrescentar mas se considerarem que este episódio merece o vosso comentário, terei todo o prazer em saber a vossa opinião.

Bom fim-de-semana para todos,
FATifer

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Instantâneos da vida surreal

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Take 1
Diálogo entre duas pessoas de diferentes nacionalidades:
(Uma delas vai ser difícil adivinhar qual será...)
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- Você é dji ondji mêmo?
- Sou português.
- É mêmo?! Dji Portugau ou dji Ispanha?
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Take 2
Diálogo entre duas pessoas da mesma nacionalidade:
(Igualmente difícil adivinhar qual será...)
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- Como qui chama áqueli peixi gostoso qui a gentji cómeu ôntem?
- Lembro não.
- Áqueli muito gostoso... áqueli que tem nome dji santo...
- Ahh! Lembrei! Chama Santola!
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sábado, 10 de abril de 2010

Um Homem BOMMM

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Pediram-me para dizer o que é, para mim, um homem bom.
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Pois, para mim, é um homem com coragem, com determinação, com princípios e respeito pelos próprios princípios, com espírito de ajuda, de partilha, de solidariedade, tolerante às diferenças e intolerante às injustiças, capaz de amar incondicionalmente e de dar a vida pelos que ama.
Um homem bom é o que me faz rir e sorrir, que me quer feliz, que se transforma de anjo em demónio num momento, ao sabor do meu desejo.
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Ou seja...
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Um homem bommm é mais ou menos isto:

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Bom fim de semana para quem se está a babar com a foto! (E para vocês também, pronto...)
;)

domingo, 4 de abril de 2010

A vida continua... 4

Esta é a bancada de trabalho do meu avô que agora está em minha casa. Ainda lhe falta um móvel que ele próprio fez e que a complementa com espaço de arrumação. Não foi fácil mas tinha de arranjar espaço em minha casa para este tesouro do meu avô. Como já afirmei, espero dar-lhe uso e continuar a criar nela tudo o que me apetecer como muitas vezes fiz em casa do meu avô. Foi nela que aprendi a serrar, a limar… muito antes das aulas de trabalhos manuais na escola. É uma peça de mobília que tem grande significado sentimental para mim.


Também herdei esta estante de parede que ainda tenho de pendurar no meu corredor. A pouco e pouco a casa do meu avô vai ficando menos cheia e a minha mais composta…

A vida continua...

FATifer