sábado, 7 de junho de 2008

Roer as unhas

Tenho de confessar isto:

Já por várias ocasiões, mais ou menos longas, roí as unhas. Aliás, nem é bem "roer" no verdadeiro sentido de enfiar a unhita entre os destes e trincar até acabar com ela. Não. É mais uma forma desenvolvida durante a infância para que os adultos não vissem e, portanto, evitar a palmadinha na mão: Cortar a unha de uma mão com a unha da outra mão. Simples e discreto!

A última vez em que tive unhas roídas foi na Primavera de 2004.

Como qualquer mulher, detesto não ter as unhas bonitas, portanto, fiz um tratamento mental intensivo de alguns minutos em que decidi que as não roeria mais e... feito! Durante umas 3 semanas andava de lima sempre à mão, não fosse alguma querer pregar-me uma partida.

Um dia, estando eu já com umas unhitas bem apresentáveis, houve uma coisa chamada "Europeu de Futebol" e aquele país das cores verde e vermelha jogou contra um inimigo (sim, inimigo, que adversário é outra coisa), mas do qual não me lembro agora da proveniência e apercebi-me de que gosto de futebol e, ainda por cima, simpatizo com os tais da bandeira verde/rubra.

Resumindo, a situação era esta:

Se o inimigo ganhasse, nós perderíamos a independência, o emprego, a estabilidade emocional e a vontade de sair à rua!

Tínhamos de ganhar e ganhámos!

Foi durante esse jogo que percebi que, se não voltei a roer as unhas naquele dia, dificilmente voltaria a ter essa tentação! E, pasme-se, acertei!
:)
Afinal, talvez a minha intenção nem fosse só escrever sobre roer as unhas.

Talvez fosse também escrever sobre ficar ansiosa com coisas simplesmente... importantes!

Embora eu ande com a estranha sensação de que, ultimamente, parece mal acreditar no que é nosso e na nossa Selecção, eu (ainda que não-fanática, pouco-crente e bastante-realista), espero mesmo mesmo, mas mesmo mesmo que mostrem aos outros, sem sombra de dúvida, de quem é a melhor!

10 comentários:

  1. … o jogo passou, não foi de roer as unhas (a não ser de preocupação deles partirem as pernas aos nossos uma vez que o árbitro é pianista e de futebol percebe pouco.)

    Aquele ser marcou o primeiro golo e eu não festejei, tal como tinha dito que não faria… fiquei contente, por ser um golo nosso mas não festejo golos daquele ser… e o segundo golo... bem digamos que se fosse jornalista a manchete que escrevia era “o mundo ao contrário”.
    Mas o que conta é que ganhámos e pelo que vi do outro jogo, devemos ganhar os outros dois jogos também, se jogarmos como jogámos :)

    PORTUGAL!!!

    FATifer

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  2. FATifer,

    Eu estava a planear manter-me na minha pose de "ai sim? ganhamos?" enquanto (distraidamente) limava os cantinhos das unhas...
    Mas, já que falas nisso...
    Yes! Ganháááámos!
    :)
    Ainda ontem comentava com uma vizinha que aqueles nomes de jogadores sonantes que tinhamos foram substituidos por outros que não soam a nada... mas não importa, haveremos de nos habituar!

    Quanto ao "ser"... pois, não sei o que se passou, podes contar?

    Eu não fico triste com um jogo quando, ainda que percam, se vê o esforço que fizeram para ganhar.
    A vitória é só a melhor recompensa!

    PORTUGAL!!!!

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  3. O “ser”, autor do primeiro golo de Portugal não tem, para mim, direito de usar a nossa camisola mas como eu não mando apenas posso ser contra é tudo… e não festejo golos que ele marque, como não festejei ontem…

    FATifer

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  4. FATifer,

    (Pergunta idiota de quem - como acima tinha referido- acha que os nomes não soem a nada e, portanto, mal os conhece):

    Porquê?

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  5. Pax,

    Se não vais lá pelos nomes, não sei se percebes mas eu explico… refiro-me ao pepe... e não entrando em discussões sobre o que é ser português, para mim, esse "ser" não merece usar a nossa camisola pois (para além de não ser português no meu conceito) não tem qualidade para isso, há muito melhor que ele (não é como o deco que é na realidade um jogador especial)

    Esta é a minha opinião que não goste coma menos.

    Beijinho,
    FATifer

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  6. Sei que foi o Pepe que marcou o 1º golo (aliás o golo anulado também), mas pelos nomes não percebo se são portugueses ou não. É que temos Nanis, Bosinguas, Petits...
    :)
    Isso de ser português ou brasileiro é uma história da qual não conheço os detalhes, mas que ele foi considerado o homem do jogo, foi!

    Quem não gostar pode até nem comer nada! Lol.

    :)

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  7. Ora, e voltando ao assunto de roer nas unhas... Ah eu cá adoro a sensação de as por entre os dentes e puxar! Maravilha! já as tive durante vários períodos, os último ainda no princípio do ano bem grandes e bonitas, mas a minha profissão não ajuda a manter unhas e por isso, começo a trabalhar e elas voltam para a boca! E sinceramente, eu gosto de fazê-lo e não acho as minhas unhas péssimas, apenas ruimzinhas!

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  8. não sei qual é o prazer ou o vicio de roer as unhas, mas tenho alguma compreensão por ti, porque fumo e adoro, e quando estou nervosa inda pior...
    Por isso vivam os nossos vícios que nos acalma e fazem mal ou à saúde ou à imagem...

    BJOKAS ;)

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  9. Yargogirl,

    Durante a minha infância a minha mãe dizia que me tiraria o hábito pondo piri-piri nos dedos, lol, mas não adiantaria, que eu destruía umas unhas com as outras. Com os dentes era mesmo só para o acabamento final :)
    As minhas recaídas actualmente são só se andar mesmo muito stressada, o que o meu trabalho também proporciona, mas se as roer ficam mesmo péssimas!

    Beijo.

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  10. Crazy girl,

    Eu não fumo, mas o prazer deve ser idêntico:
    Manter a boca ocupada.
    :)
    Agora fizeste-me lembrar de que roer as unhas até deve ser bom para a saúde!
    Numa época em que se fala tanto de reciclagem... será uma forma de fazer regressar o cálcio ao organismo, eheheh.

    E vivam os nossos vícios, sim senhora!
    :)
    Beijo.

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