Na sequência deste texto apresento o estado actual da relíquia (como a apelidei).
Continuo a achar que se pode traçar uma analogia entre este objecto e a vida ou a forma como a vivemos… quem viu (ou se der ao trabalho de ir ver) a outra imagem concordará que é uma das evoluções possíveis, tal como nas nossas vidas, quando confrontados com uma “embrulhada” corta-se e depois tenta-se refazer… não conseguirei explicar bem o porquê mas depois de dizer isto, dou comigo a pensar nesta frase do filme “Sweet November”:
“You live in a box… I could lift the lid”
É uma verdade que me identifiquei com a frase assim que a ouvi pela primeira vez no filme… mas não porque me tenha identificado com o personagem desempenhado pelo Keanu Reeves (bem vistas as coisas em pouco me poderia identificar mas isso são pormenores). Para quem já viu o filme digo também que, longe de mim estar à espera que me apareça uma deusa assim (como a Charlize Theron) para resolver os meus supostos problemas, fiquem descansados. Quando digo que me identifico com a frase, afirmo-o da mesma forma que quando digo que o meu mundo é pequenino… é uma constatação de quem, como eu, gosta de analisar tudo o que o rodeia (ok quase tudo, pronto). A frase adequa-se pois acaba por ser o que faço quando alimento a ilusão que controlo tudo o que existe no meu mundo (e portanto abro e fecho a tampa, por assim dizer). Até hoje (feliz ou infelizmente) poucas foram as situações em que essa ilusão foi contrariada, por isso consigo mantê-la… alguns acharão que isso é bom, outros que é mau mas é o que faço.
Voltando à imagem da minha relíquia, eu sei que tinha dito que mostrava quando estivesse arranjada (não foi Pax?) mas consideremos isto um passo intermédio. Por isso traço a analogia com a vida, há coisas que não se resolvem de uma vez. Demoram o seu tempo, têm de passar por várias etapas para serem resolvidas…
Bem já chega de divagar, desejo a todos um bom domingo e uma boa semana.
FATifer
Mais um momento "alto" aqui na Orgia.
ResponderEliminarCaro Paulo,
ResponderEliminarFico contente que tenhas gostado do texto que isto ao domingo nem sempre sai coisa boa…
Abraço,
FATifer
"(...) há coisas que não se resolvem de uma vez. Demoram o seu tempo, têm de passar por várias etapas para serem resolvidas…"
ResponderEliminarGrande verdade. Ou então... lixo com elas!
Beijos :)
Como começar?
ResponderEliminarGostava de ter percebido tudo... mas não percebi ( e como tal, não vou fazer de conta ). Mas gostava de acrescentar algo... ao que percebi, se não te importares...
Nunca associei a vida aquela imagem ( as bolinhas, mesmo funcionando, transmitem-me uma monotonia sonolenta ). Para mim, a vida é mais como as marés... muitas vezes previsíveis, altos e baixas, de vez em quando uns tsunamis, de vez em quando umas marés vivas...
E, se bem percebi... porque sentes ser necessário controlar tudo ( ou quase tudo ) ? Gostava de tentar perceber isso, a sério...
Sempre olhei para o amanhecer de um novo dia com uma certa dose de suspense, de surpresa... e é claro que às vezes o tiro nos sai pela culatra, mas mesmo assim...
Agora... nem tudo se resolve, pois não ?
Cara deusa Pax,
ResponderEliminarPois sim, o lixo pode ser uma solução mas não gosto de desistir sem ter tentado ;)
Beijinhos,
FATifer
Entremares,
ResponderEliminarPara poderes perceber tudo terias de me conhecer e mesmo assim, parte deste texto nem os que conhecem compreenderão na totalidade. Mas claro que qualquer comentário é bem-vindo e o teu foi bastante construtivo!
“Nunca associei a vida aquela imagem ( as bolinhas, mesmo funcionando, transmitem-me uma monotonia sonolenta ).”
Concordo mas regra geral é esse o ponto base da vida uma monotonia que é ou não quebrada por nossa vontade ou não… é pelo menos isso que leio no que dizes:
“Para mim, a vida é mais como as marés... muitas vezes previsíveis, altos e baixas, de vez em quando uns tsunamis, de vez em quando umas marés vivas...”
Ou estarei errado?
Por outro lado poderás ler a minha referência à analogia do objecto com a vida não no sentido de como o objecto funciona mas no facto de estar ou não a funcionar … seria outra leitura possível, não?
“E, se bem percebi... porque sentes ser necessário controlar tudo ( ou quase tudo ) ? Gostava de tentar perceber isso, a sério...”
Volto ao princípio, o para perceberes isso tinhas de me conhecer… mas posso adiantar que eu não sinto necessidade de controlar, eu controlo (ou se leres bem eu alimento a ilusão que controlo). Para podermos debater bem esta questão teria de te dar a minha definição de “meu mundo” e teria de te transmitir a minha forma de estar na vida… acho que teria de escrever mais do que seria conveniente nesta janelinha…
“Sempre olhei para o amanhecer de um novo dia com uma certa dose de suspense, de surpresa... e é claro que às vezes o tiro nos sai pela culatra, mas mesmo assim...”
Plenamente de acordo, no dia que um nascer do sol não seja equivalente a um conjunto de novas oportunidades que se nos apresentam algo está mal!
Noutro dia em conversa caracterizava-me como um pessimista que espera sempre o melhor… interpreta como achares melhor esta minha frase…
“Agora... nem tudo se resolve, pois não ?”
Claro que nem tudo se resolve mas a piada não está em resolver mas no tentar! ;)
Cumprimentos,
FATifer
Não me sobejam muito as palavras, imagino que é falta na claridade das ideias, mas foi bom te ler, por dentro e por fora. Até parecia que estavam aí as bolinhas a marcar o tempo, o ritmo.
ResponderEliminarFalas-me em analogias e doi-me o rabo, não sei porquê eheheheheheh!
ResponderEliminarGostei do texto, sim senhor! Muito bom!
Abreijinhosssssss
Sun Iou Miou,
ResponderEliminarÉ sempre bom saber que gostam do que escrevemos…
“Até parecia que estavam aí as bolinhas a marcar o tempo, o ritmo.”
Adorei esta tua frase :)
Obrigado por mais esta visita.
Beijinhos,
FATifer
Cara Deusa Afrodite,
ResponderEliminar” Falas-me em analogias e doi-me o rabo, não sei porquê eheheheheheh!”
Sem comentários :P
Também gostaste? … :)
Abreijo meu,
FATifer