“Antes de 25 de Abril de 1974 calavam-se os livros para calar a voz da liberdade
Todos os anos o proprietário da Livraria Ler faz questão de apresentar alguns dos muitos livros proibidos e alguns dos muitos Autos de Apreensão
Emitidos pela PIDE/DGS antes de Abril de 74, estes documentos são provas vivas de uma censura feroz e não raramente absurda.”
É o que se pode ler no letreiro ao centro da montra da foto abaixo. Uma lição de história para todos aqueles que, como eu, nunca experienciaram esta realidade e portanto, dão como adquirida a liberdade que outros tiveram de conquistar…
A revolução a quem já quiseram roubar o “r” não deve ser esquecida e deveria ser honrada, principalmente por aqueles que por vezes parecem arrogar-se a ideia de serem os únicos detentores do seu legado… faz-me lembrar o verso da canção do Palma: “Portugal, Portugal de que é que estás à espera?”.
FATifer
Excelente ideia a desse livreiro. Pelo menos dá a conhecer um capítulo que muitos dos mais novos desconhecem - o dos livros proibídos! E não eram tão poucos assim, já que que se aliava tanto temas quentes de políticas diferentes com um moralismo católico obsoleto (também eles amigos de proibir livros) para fazer essa censura... :)
ResponderEliminarViva a Liberdade, sempre! :D
Beijocas!
Teté,
ResponderEliminarConheço este Sr desde que nasci, foi nesta livraria que comprei quase todos os meus livros da escola e não só. Boa parte da biblioteca do meu avô e dos meus pais foi também comprada aqui. É uma livraria de bairro onde, eu pelo menos, me despedia do dono com um abraço.
O Sr, infelizmente, está com problemas de saúde mas espero que recupere pois ainda lhe quero dar muitos abraços.
Beijinhos,
FATifer
O célebre lápis azul, que frequentemente era contornado pela inteligência dos autores. Eu não esqueço, mas também não ignoro que actualmente há formas de censura igualmente perigosas.
ResponderEliminarAbraço!
Rafeiro,
ResponderEliminarAtrevo-me a dizer que a censura agora é bastante mais perversa que antigamente, exactamente por não haver uma diferença intelectual tão evidente entre censor e censurado… e por ser levada a cabo sob a capa da liberdade de expressão.
Abraço,
FATifer
Para mimn o 25 de Abril tem um significado muito especial. Sendo uma adolescente, quase adulta, que não consegue pensar viver sem liberdade, neste momento jamais consigo conceber o meu pensamento para me ver privada de um dos direitos mais elementares e complexos da Humanidade.
ResponderEliminarBeijinho=)
Patrícia
Bem-vinda ao nosso espaço Patrícia,
ResponderEliminarEstamos perante uma situação em que pode haver quem defenda um regresso ao passado embora tal seja impensável para nós que prezamos a nossa liberdade (mesmo que em parte ilusória mas isso é outro debate).
Desejo que nunca tenhamos que conceber a vida sem esse direito (embora julgue que haja muitos que têm propiciado que tal possa acontecer ao fugirem aos seus deveres, como por exemplo votar).
Obrigado pela visita, volta sempre.
Beijinhos,
FATifer