quinta-feira, 22 de maio de 2008

Vidas… (cont.)

Decidi voltar a este assunto pois pareceu-me que no outro post não disse tudo… ok nunca se diz tudo mas apeteceu-me acrescentar algo… como disse, olhando em volta, vejo vidas que, por comparação, fazem a minha parecer demasiado calma … podia aqui dizer-vos que é azar, que nada de emocionante me acontece mas como me disseram um dia (uma colega de escola (loira) da qual não esperava uma frase de sabedoria) “se nada fizeres por isso é difícil algo acontecer…” tem toda a razão, se calhar, não faço tudo o que podia mas cada um é como é e faz o que acha que deve… mas estou a afastar do que queria dizer (ok estava a contextualizar mas)… dizia eu no outro post que “vejo vidas que parecem mudar num segundo”… talvez tenha exagerado… talvez sejam apenas sobressaltos aquilo a que assisto. Lembro-me de um episódio com alguém que chegou a ser uma grande amiga (actualmente quase que desapareceu do meu mundo mas isso agora não interessa) passeávamos os dois nesta Lisboa que ambos amamos, conversando como sempre fazíamos, e de repente sinto as mãos dela, a tremer, agarrarem-me o braço com a força que tinha (ok íamos atravessar a rua mas porquê isto?), com uma voz trémula apenas disse “está ali o Zé!...” (nome fictício). Toda ela tremia, eu quase não vi o gajo (o ser não merece palavra melhor) que passou de carro mas ela estava quase em choque (o gajo era (e deve continuar a ser) um caso mal resolvido da vida dela). Sentámo-nos no primeiro café do outro dado da rua, fiz os possíveis para que lhe passasse mas demorou quase uma hora a voltar a ela… no meio deste episódio dei comigo a invejar aquele gajo!… que eu saiba nunca tive esse efeito em ninguém (e duvido que alguma vez tenha – não, não me estou a queixar da vida apenas estou a constatar um facto). Fiquei impressionado com o poder que ele tinha sobre ela, o simples facto de o ver deixava-a naquele estado… nunca soube grandes pormenores da história entre eles apenas que seria uma de amor/ódio dos fortes…

São episódios destes que me motivam estas reflexões porque tenho este defeito de estar atento ao que me rodeia, de analisar, de pensar… às vezes demais do que devia, talvez…

FATifer

2 comentários:

  1. Quem tem esse efeito sobre alguém nem sempre o sabe.
    Já podes ter tido esse efeito sem que o tenhas percebido.
    É a tal coisa: Um caso incompleto ou mal resolvido fica muito mais na memória e custa mais a passar por cima do que se for algo completamente testado e finito.

    Eu tive (há muiiiiito tempo) uma paixao com essas caracteristicas :)
    E sabes porquê? Porque nao cheguei a consumar essa paixao... Certamente que se tivesse acontecido mais que uns beijos a saber a pouco, as coisas tinham sido bem diferentes e nao tinha passado tanto tempo a pensar nele, lol.
    Duvido que ele alguma vez tenha sabido o poder que tinha sobre mim e sobre o meu sistema nervoso de cada vez que o via passar.
    ;)
    A diferença é que nunca me agarrei ao braço de ninguém.

    :)

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  2. Caríssima Pax,

    Não posso ter certezas mas como disse, duvido que eu tenha esse efeito em alguém (cada um é como é)…

    Do pouco que sei da história desta minha ex grande amiga e do Zé (nome fictício) o caso é um pouco mais complexo do que o teu (que contas), não vou entrar em pormenores, porque até nem sei muitos mas acredita que é… em todo o caso concordo que em certos casos pode ser como dizes…

    Lá está, vidas…

    Beijinho,
    FATifer

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