domingo, 8 de junho de 2008

Memórias…

Este fim de semana ver um céu como este:




Fez-me lembrar as conversar que tinha com o meu avô na varanda da nossa casa de férias…
Adorava aquelas conversas… começávamos por falar sobre o que tínhamos feito durante o dia e depois divagávamos sobre vários assuntos desde perguntas que eu lhe fazia até histórias que ele me contava da vida dele… ficávamos ali a apreciar a brisa da noite e eu a beber a sabedoria do meu avô…
Por vezes tenho saudades dessa altura da minha vida… quando somos pequenos tudo tem resposta, basta perguntar que alguém nos responde… aprendi muito com o meu avô nessas nossas conversas.

Foi isto que me lembrei ao olhar para o céu estrelado do Fundão, onde estive este fim de semana…

FATifer

17 comentários:

  1. Hum... Existe um céu assim por aqui... Um céu único guardado por guardiões da luz que impedem as travas de penetrar esse local chama se ilha do farol do cabo de santa maria. Mas quanto à questão do avô, existe algo que o meu dizia à luz do luar e que nunca me esqueci:

    "Era meia noite em ponto,
    faltava um quarto para a uma,
    estava um homem todo nu,
    com uma faca na algibeira,
    lendo um jornal sem letras,
    à luz de um candeeiro apagado. dizendo:

    Ò Lua que vais tão alta,
    redonda como um caixote,
    OH Maria traz me a escada,
    que eu não chego com o escadote..."

    E estas são as memórias de noites de verão infindáveis ao colo do meu avó...

    Bjokas :)

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  2. Pena que quando somos crianças bebamos tudo isso com os olhos a brilhar mas, depois, tantas vezes nos esqueçamos de como tudo isso é importante...
    Ainda bem que não esqueceste e que, nem que seja por uma ida ao Fundão, te tenhas recordado de algo tão simples e, por isso mesmo, bonito.

    Beijo :)

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  3. ola..., adorei seu blog.. obrigado muito.
    Bjos

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  4. ... que nostalgia sinto ao ler este post... Dos tempos em que o meu avô, lá no Gerês, me contava histórias do Bocage e do Zé do Telhado, me lia Romeu e Julieta, o Trigo e o Joio do Fernando Namora, os contos do Eça ou os poemas de Pessoa. E eu criança, interrompendo-o a cada frase para perguntar o que significava uma palavra. A ele, e à biblioteca que tinha de livros gastos mas sem um grãozinho de pó, devo a minha paixão pelos livros e por ouvir alguém contar uma boa história. Que descanse em paz. Teremos muito tempo para mais histórias quando nos encontrarmos de novo. Um dia destes.

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  5. Crazy girl,

    Obrigado por partilhares as tuas memórias de noites de verão com o teu avô :)

    A falta de um céu estrelado assim é das poucas coisas que me entristecem na minha Lisboa… com toda a poluição luminosa é quase impossível ver um céu assim por aqui…

    Beijinho,
    FATifer

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  6. Cara Pax,

    Costumo dizer que tenho uma memória de elefante e não esqueço tudo o que de bom me acontece (o de mau ou o que faço mal também não mas isso é outra conversa). Nunca poderei esquecer tudo o que o meu avô me ensinou por isso entristece-me vê-lo hoje, uma sombra do homem de que me lembro mas a idade não perdoa… um dia falo-te da minha avó e dos seus ditos para qualquer ocasião, outra pessoa que muito admiro.

    O meu mundo é repleto de pequenos momentos em que, um simples pormenor suscita estas lembranças que tanto prazer me dão ;)

    Beijinho,
    FATifer

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  7. naturline,

    Ainda bem que gostou do nosso blog, volte sempre!

    FATifer

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  8. Em primeiro lugar, queremos dar os parabéns pelo blog, está muito bom!
    De facto, em pequenos ha respostas para tudo... O problema é quando chegamos a adultos, por vezes começam a faltar as respostas e a faltar quem nos ajude a encontra-las!

    Bjs & Abraços

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  9. Jorge Pessoa e Silva,

    Primeiro agradeço-lhe a visita.
    Depois dizer que pelas suas palavras julgo que a nostalgia que o meu texto lhe provocou foi até agradável… Parece-me que, tal como eu, gostava das histórias do seu avô.

    Volte sempre.
    Abraço,
    FATifer

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  10. Casal Tuga,

    Em nome da equipa agradeço o elogio, ainda bem que gostam.

    Pois no mundo dos adultos as respostas são sempre mais difíceis e mais ambíguas mas é esse o melhor desafio da vida, tentar encontrar as nossas respostas… há sempre alguém que nos pode ajudar, por vezes basta saber ouvir… (sim falo no abstracto e é fácil falar mas… é o que penso)

    Obrigado pela vossa visita, voltem sempre.

    Cumprimentos,
    FATifer

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  11. Ainda te queixavas de nao ter um passado cheio de coisas boas (isto em relaçao ao post que fiz da minha avo, lembraste?)! E' bom, e' muito bom, principalmente porque ao recordar, fazemo-lo a sorrir!

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  12. Lol, gostei do "blog" do/a naturline...:D

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  13. Cara Foi bom,

    Fizeste-me ir reler o que te tinha escrito no comentário ao post que referes, só para confirmar… se leres, eu disse que invejava a relação que descreves com a tua avó mas não disse que não tinha boas memórias. Tenho mas não tenho uma relação como a que descreveste com nenhum dos meus avôs… as pessoas têm os seus feitios, eu tenho meu, eles os deles… não há uma relação próxima de afecto, há carinho, respeito, admiração da minha parte mas não é como tu descreves… agora isso não quer dizer que não tenha boas memórias do meu avô! Claro que tenho… o dia que ele me ensinou a atar os sapatos, o dia em que me ensinou a andar de bicicleta... e muitos outros dias em que me ensinou muitas outras coisas… para além das conversas que relato neste post…

    Obrigado pela visita, volta mais vezes… (eu sei também não tenho aparecido pelo teu espaço, desculpa…)

    Beijinho,
    FATifer

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  14. Tenho tantas saudades dos meus avós..até desta que ainda não se foi mas que se está a ir :(.

    Abreijos

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  15. Afrodite,

    O que te posso dizer… guarda as boas memórias/recordações …

    As melhoras para a tua avó.

    Beijinho,
    FATifer

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  16. FATifer cá estou nas tuas Memórias :)

    Gostei tanto desta frase:

    "quando somos pequenos tudo tem resposta, basta perguntar que alguém nos responde…"

    beijinho e obrigada pela partilha

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  17. Fico contente que tenhas acedido ao meu convite de ler este texto :)

    Essa frase é para mim uma grande verdade. Tive a felicidade de ser a minha realidade, de ter uns pais e avós que sempre me souberam ensinar e explicar as coisas e por isso considero-me um privilegiado nesse aspecto.

    Beijinhos e obrigado a ti por vires aqui ler,
    FATifer

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