terça-feira, 30 de março de 2010

Desabafando…



Detesto errar! Detesto falhar! Detesto não estar à altura do que esperam de mim e principalmente do que eu espero de mim!...

Gostava de não ter esta memória de elefante que me faz recordar quase todas as situações em que não fiquei contente comigo… gostava de conseguir seguir o conselho que me deram: “caga nisso!”

Gostava de ser perfeito… sei que não sou….sei que ninguém é…. mas continuarei a tentar!


FATifer

sábado, 27 de março de 2010

Introspecção

Será que o que penso que sou não passa de uma imagem que gosto de alimentar para não ter de aceitar o que realmente sou? Será que acho que sou especial só porque não quero aceitar que sou banal? Será que mereço a sorte que tenho? E como é que se merece isso? Será que a sorte é realmente sorte ou um azar disfarçado?...

E porque será que me faço todas estas perguntas “estúpidas”?

FATifer

quinta-feira, 25 de março de 2010

Desabafo motociclista

Mesmo estado de chuva e eu todo equipado tinha a acabado de levantar a viseira e a gaja (sim merece o epíteto, se fosse homem seria gajo ou …) enlatada no veículo à minha frente decide limpar o pára-brisas! Ainda bem que uso óculos senão tinha sido mesmo nos olhos! E eu que nem me tinha molhado na viagem…

Como já referi adoro andar de moto, só gostava que os senhores automobilistas se habituassem a olhar para o retrovisor (o rio que me caiu no capacete obrigaria um automobilista a usar o limpa pára-brisas!). Nem vou falar nas beatas pela janela ou nas pedras com que os camiões adoram presentear a minha viseira, não vale a pena…

Fica mais este texto para a deusa Pax poder reafirmar o quanto prefere andar de carro…

FATifer

terça-feira, 23 de março de 2010

Dar nas vistas!

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Conhecem aquela expressão "Ai se o olhar matasse...!"?
Eu acho que teria morrido no fim de semana passado e nem percebi porquê!
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Passando com uma amiga em frente de um stand (uma amiga que, ainda hoje, estou para saber como terá passado no exame de condução) ela parou, olhou para um desportivo (deve chamar-se assim por ser baixinho e ter um jaguar na frente) e disse-me extasiada:
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- Diz-me lá se não achas que eu dava nas vistas a conduzir um destes...!
- Acho! Acho mesmo! Nas vistas, nas árvores, nos postes, nos caixotes do lixo...
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;)

sábado, 20 de março de 2010

A vida continua… 3


Uma casa com o recheio de uma vida permite grandes viagens nas memórias que suscita…

A casa do meu avô tem-me permitido também entender/explicar algumas facetas do meu modo de estar na vida, por exemplo:

Sempre ouvi a minha avó (mãe da minha mãe, portanto não a esposa do meu avô de que falo, que era o pai do meu pai) dizer “guarda o que não presta, acharás o que é preciso”. O meu avô não o dizia mas praticava-o, assim é facial de concluir que tenho a quem sair!

Sempre gostei de descobrir coisas por mim pelo que é para mim delicioso encontrar uma caixa cheia de fotos que nunca tinha visto, embora possa até ter ouvido falar das histórias que elas documentam. O meu pai desespera com o tempo que levo a olhar cada caixa e o que contêm mas tomei por princípio que nada será deitado fora sem que seja visto. Claro que leva tempo mas há coisas que seria criminoso deitar fora, outras, insisto em guardar só à luz da regra da minha avó que citei acima… por outro lado não posso deixar de sorrir quando oiço o meu pai dizer: “olha, sabes o que é isto?” ou “eu lembro-me disto…” e lá vem mais uma história…

Já referi as ferramentas do meu avô que orgulhosamente vou herdar e espero dar uso, por mais que não seja fácil dada diversidade. Os livros que parecem nascer naquela casa também, não sendo uma surpresa, começam talvez a ser um problema por não sabermos o que fazer a alguns…

O meu avô era um homem de pormenores, há coisas naquela casa que só um homem como ele, com a sua paciência, habilidade e atenção ao detalhe faria… ao apreciar alguns desses pormenores dou comigo a pensar comigo mesmo, até que ponto é que algumas dessas características que me atribuem a mim também são genéticas ou absorvidas por convívio com ele?

A viagem pela casa do meu avô vai continuando e a vida continua…

FATifer

domingo, 14 de março de 2010

A vida continua… 2

É uma sensação estranha estar em casa do meu avô a olhar para as coisas e avaliar… este móvel fica bem na minha casa… isto é lixo… este móvel não cabe lá, é pena… pai posso ficar com este quadro ou querias para ti?… o que vamos fazer àquele candeeiro?...

O meu avô vivia numa casa alugada pelo que existe uma certa urgência em esvaziá-la. O exercício de escolher e destinar tudo o que o meu avô acumulou numa casa numa vida é penoso e interessante ao mesmo tempo, por todas as memórias que suscita.

Vou ficar com todas as ferramentas do meu avô pois o meu pai não tem espaço para elas e pode sempre pedir-me quando precisar de alguma. Vou aproveitar alguns móveis para minha casa. Vou candidatar-me a alguns livros e assim de repente ficarei com uma biblioteca muito mais composta.

Vai dar muito trabalho esvaziar a casa do meu avô e a sensação é sempre estranha porque tudo aquilo na minha mente ainda é o do meu avô…

A vida continua…

FATifer

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mais um que conto - parte 5

- Sim Joana lembro-me desse dia como se fosse hoje… tantos anos depois o pôr do sol continua lindo...
- Pois continua…
-… a que horas é o jantar surpresa?
- Qual jantar surpresa?
- Aquele tu e o resto da família andam a organizar e pensam que eu não sei.
- Miguel, tu faz de conta que não sabes, não desapontes os nossos netos…
- O nossos netos já devia saber o avô que têm…
- …raio do homem não lhe escapa nada!


Miguel sorriu, o tempo podia ter passado mas havia coisas que não mudavam e uma era aquela expressão que continuava a adorar provocar na cara Joana.
O sol mergulhara nas águas uma vez mais… arrancaram de volta a casa.
Ao entrar Miguel fingiu surpresa ao ver filhos, netos e alguns amigos todos juntos a recebê-lo.

- O meu coração já não tem idade para estas coisas!
- Meu pai não diga isso…
- Pedro meu filho, só porque és cardiologista não penses que sabes mais que o teu pai sobre este meu coração.
- Pois pode não saber mais que o pai do seu coração mas sabe muito bem ver quando o pai está a fingir.
- Mas que é isto? Desde quando os meus filhos me tratam por você, para começar? E quem é que está a fingir?
- Desculpa paizinho estava a brincar com o tom que usaste com Pedro… mas não negues que já sabias!
- Eu sei Isabel, minha filha… eu tentei mas não fui convincente não foi?
- Não avô, não foste mas quando é que soubeste?
- Um detective nunca explica os seus truques meu neto!
- Não será um mágico?
- Olha a minha neta armada em esperta!
- Tenho a quem sair não é avó?
- Engraçadinha… só te perdoo porque me fazes mesmo lembrar tua avó.
- Sim, não foi só a mãe que saiu linda, não é meu marido?
- Pois não minha excelentíssima esposa.


Miguel cumprimentou os amigos com um sorriso nos lábios, cada um acabava por simbolizar algo que tinha feito na vida, além de conquistar o amigo em si. Uns eram colegas de profissão que respeitava e admirava, outros companheiros dos vários hobbies que alimentava e outros companheiros dos vários hobbies que alimentava e outros ainda, pessoas que conhecera por caprichos da vida que soubera tirar proveito, tendo sempre em mente a frase da canção: “…é que hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há!”.

A um canto da sala uma enorme mesa de buffet brilhava com todo o tipo de manjares dos mais simples aos mais elaborados. Ao lado uma mesa com bebidas para todos os gostos. Os netos sabiam que o avô gostava assim e tinham-se esmerado.

As pessoas iam petiscando e conversando em pequenos grupos. Ter a casa cheia de vida era algo que agradava a Miguel. Ao ver a família toda junta ficava com um brilho no olhar que, não sendo o que tinha quando olhava para Joana, era igualmente especial.

A noite corria bem, todos se divertiam… a dada altura Joana olha em volta e não vê Miguel. Vai até à porta do terraço e lá está ele com o seu copo de wiskey na mão, sentado na espreguiçadeira contemplando a lua cheia. Joana aproxima-se e senta-se na espreguiçadeira a seu lado, ele olha-a e tocam sorrisos. Miguel passa a mão pelos cabelos de Joana agora brancos como o luar e ela afaga-lhe a barba também grisalha.



- Voltando aquele dia, não posso deixar de perguntar se já encontraste resposta para a pergunta certa?
- …ainda não totalmente… por mais que já tenha sido e continue a ser muita coisa: teu marido, pai dos nossos filhos, avô dos nossos netos, etc… continuo a querer ser mais coisas, continuo a querer tudo o que esta vida me possa oferecer ainda!



Fim

FATifer

quarta-feira, 3 de março de 2010

O 3 ao contrário da casa de Sintra

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Costuma dizer-se que a ignorância é a mãe do atrevimento -e eu também acho que o saber não ocupa lugar- pelo que, embora o texto não seja meu (recebi por e-mail) e não costume publicar algo que não seja meu, teve interesse suficiente para que me tenha apetecido partilhar.

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"Sintra, foi terra de Templários, Maçonaria, Priorados e Orgias.
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Ao que parece o facto de o número se encontrar ao contrário era um sinal para pessoas de fora identificarem o local do culto secreto. Já que está a ter tanta visibilidade (o vídeo da Maitê Proença), seria bom lembrar que aquela porta pertence ao antigo Hotel Victor - frequentado por Eças,Camilos, Ramalhos e outros grandes intelectuais do Séc.XIX e que, como é sabido, surge inclusivamente retratado nos Maias.
É também de recordar que quem o mandou construir foi o Victor Sasseti, dono do Hotel Bragança, em Lisboa, maçon e grande amigo de António Carvalho Monteiro e do Luigi Manini, que lhe fez o projecto do Cottage Sasseti, na encosta dos Mouros, agora propriedade da Câmara.
Claro que o Sasseti pôs o número ao contrário de propósito! Nesta «vilazinha» tudo tem certo espírito secreto.
O três invertido, tal como o triângulo invertido, representa o princípio masculino.
O número três, como o cinco ou o sete, tem importantes conotações maçónicas (por exemplo, os três símbolos da Maçonaria são o Esquadro, Nível e o Fio de Prumo).
Três são também as Graças, como se pode ver no painel da Regaleira.
Já para não falar da triplicidade do tempo (passado, presente e o futuro) e de outras coisas que davam pano para mangas.
Ainda:
O número 3 invertido passa a ser um "E", e é chamado de "poder do 3".
Esta letra representa o olho (de Hórus).
Simboliza Marte. Representa talento. Representa guerra. Representa também a Estrela de David.
O 3 invertido é ligado ao aliviar de stress e ansiedade.
Uma técnica de oratória para controlo dos ouvintes muito usada pela Maçonaria é usar este poder do 3 invertido ou olho, dividindo a oratória em 3 tópicos, pois o cérebro de quem ouve assimila melhor do que se for em 2 ou 4.
Aquela placa de 3 invertido poderá unicamente representar uma moradia Judaica, uma forma de dizê-lo ao mundo sem que a maioria das pessoas entendam."


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Moral da história:

Lá porque não a conhecemos, não quer dizer que tudo não tenha uma explicação!
E sim, vale sempre a pena conhecermos um pouco melhor o que é nosso, o que faz parte seja de que cultura for e do mundo em que vivemos!
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(P.S. místico: a data de hoje também está cheia de "3"... ;)
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