É uma sensação estranha estar em casa do meu avô a olhar para as coisas e avaliar… este móvel fica bem na minha casa… isto é lixo… este móvel não cabe lá, é pena… pai posso ficar com este quadro ou querias para ti?… o que vamos fazer àquele candeeiro?...
O meu avô vivia numa casa alugada pelo que existe uma certa urgência em esvaziá-la. O exercício de escolher e destinar tudo o que o meu avô acumulou numa casa numa vida é penoso e interessante ao mesmo tempo, por todas as memórias que suscita.
Vou ficar com todas as ferramentas do meu avô pois o meu pai não tem espaço para elas e pode sempre pedir-me quando precisar de alguma. Vou aproveitar alguns móveis para minha casa. Vou candidatar-me a alguns livros e assim de repente ficarei com uma biblioteca muito mais composta.
Vai dar muito trabalho esvaziar a casa do meu avô e a sensação é sempre estranha porque tudo aquilo na minha mente ainda é o do meu avô…
A vida continua…
FATifer
O meu avô vivia numa casa alugada pelo que existe uma certa urgência em esvaziá-la. O exercício de escolher e destinar tudo o que o meu avô acumulou numa casa numa vida é penoso e interessante ao mesmo tempo, por todas as memórias que suscita.
Vou ficar com todas as ferramentas do meu avô pois o meu pai não tem espaço para elas e pode sempre pedir-me quando precisar de alguma. Vou aproveitar alguns móveis para minha casa. Vou candidatar-me a alguns livros e assim de repente ficarei com uma biblioteca muito mais composta.
Vai dar muito trabalho esvaziar a casa do meu avô e a sensação é sempre estranha porque tudo aquilo na minha mente ainda é o do meu avô…
A vida continua…
FATifer
Agora imagina que tens tios que toda a vida ignoraram o teu avô... que no dia dos seus 90 anos lhe mandaram entregar um bolo de aniversário no lar e ficaram muito espantados por ele não estar lá (porque a tínhamos ido buscar para passar o fim-de-semana connosco e ir passear) e agora andam a querer ficar com tudo... a casa... os terrenos... o dinheiro.
ResponderEliminarTenho-me mantido afastada porque não me diz directamente respeito. Não sou herdeira dela. Mas enerva-me de uma forma que não te passa. E chateia-me particularmente pelo que faz à minha mãe.
Ainda bem que está tudo a correr bem...
Beijinhos
Verás sempre essas coisas como sendo do teu avô, um bocadinho dele materializado na peça ou nas recordações que traz. A vida tem de continuar, pois tu estás aqui a vivê-la e ele partiu para a etapa seguinte, confiante que será recordado, amado e amando todos os que o amaram.
ResponderEliminarTristes são as histórias como a que a ianita conta... :( ao menos há quem ame a sério, certo? :)
Ianita,
ResponderEliminarO meu pai era filho único por isso não há dessas tristes cenas neste caso. Mesmo não sendo herdeiro directo do meu avô sempre chamei a atenção ao meu pai para o que achei que devia pois, o que é do meu avô pode um dia vir a ser meu caso o meu pai assim o entenda e me caiba a mim depois de me entender com o meu irmão… no caso da minha mãe, que tem um irmão, as coisas não vão ser tão pacíficas. Também já lhe chamei a atenção para o que acho que devo que é a única coisa que posso fazer. Só desejo que a minha avó (mãe da minha mãe) ainda viva mais uns tempos pois essa ainda está lúcida e lê todos os livros que lhe ofereço ;)
Um grande beijinho para ti e não deixes que a tua mãe abdique de nada o que tem direito!
FATifer
Vani,
ResponderEliminarComo escrevi, sempre que pegar nas ferramentas do meu avô, sempre que usar o torno onde me ensinou a limar, a cortar, a pregar, vou lembra-me dele. A casa dele está cheia de recordações para mim e muito mais para o meu pai. Custa haver um prazo para se destinar as coisas mas tem de ser…
A vida continua mas as memórias ficam… :)
Beijinho,
FATifer
E ainda bem que ficam, :). As memórias.
ResponderEliminarVani,
ResponderEliminarClaro que as memórias ficam e são muitas e boas… não era nenhum santo (ninguém é!) mas ensinou-me muito (desde andar de bicicleta a ser o mais perfeccionista possível) não o conseguiria esquecer mesmo que quisesse ;)
Beijinhos,
FATifer
Então essa veia de perfeccionista que demonstras ter aprendeste com o teu avô.
ResponderEliminarEspero que consigas descobrir a vida rica que o teu avô tinha nas memórias da casa dele.
Beijinhos
Brandie,
ResponderEliminarUma parte de mim é perfeccionista de nascença, o meu avô talvez fosse parte da causa genética para tal e foi, sem dúvida, um exemplo que segui…
A casa dele está cheia de memórias, dele, do meu pai e até minhas… o que vou aproveitar da casa dele para pôr na minha vai fazer com que essas memórias perdurem…
Beijinhos,
FATifer
Quando perdemos alguém que muito amamos, as coisas que eles deixam para trás são uma fonte de inspiração.
ResponderEliminarE há uma coisa que gosto sempre de ter presente nestas alturas, é que aqueles que nos morrem, estarão sempre presentes enquanto houver quem os recorde.
Beijos e sim, a vida continua, mas bastante mais preenchida pela presença daqueles de quem gostamos e que nos tornam...amados.
Gata2000,
ResponderEliminarConcordo e até também já o afirmei, que aqueles que amamos só desaparecem se não os recordarmos. O meu avô será recordado por alguns além de mim, não tenho dúvidas.
A vida continua porque estamos cá e ainda bem que temos a sorte de ter quem goste de nós e de poder retribuir esse sentimento. :)
Beijinhos,
FATifer
PS – obrigado pelas tuas palavras.
Já sabes que se precisares de uma quase decoradora de quase interiores para te quase ajudar a quase planificar o quase melhor lugar para os móveis...
ResponderEliminarpodes contar!
;)
P.S.
ResponderEliminarAposto que quase me vais agradecer... :)))
Cara quase decoradora e deusa Pax,
ResponderEliminarApostas bem, sabes que te agradeço a disponibilidade e sabes que respeito e considero bastante a tua opinião. Posso até pedir-te uma opinião mas, como penso que entendeste da última vez que falámos sobre o assunto, tenho ideias muito próprias sobre a minha casa e sei muito bem o que fica bem e onde ;)
Desculpa tirar-te este prazer que terias em ajudar mas …
Beijinho,
FATifer