É assim que sempre me senti. Não, este não vai ser um texto de lamento, do coitadinho de mim, não, apenas estou a constatar um facto. Nunca tive medo de estar sozinho (cedo percebi que estamos condenados a estar sozinhos connosco próprios), também nunca senti necessidade de “pertencer” a isto ou aquilo, aquele ou este grupo… sempre fui eu e pronto… isto, inevitavelmente, acaba por me colocar um pouco à parte (e isso também se sente, pode não incomodar mas sente-se).
Há uma frase que o Palma usa numa canção (frágil) com a qual sempre me identifiquei bastante: “dou-me com toda a gente, não me dou a ninguém”. É verdade, poucos serão os que me conhecem realmente.
Por outro lado tenho pessoas que estimo e não quero deixar de considerar meus amigos, pessoas que sabem que de mim terão tudo o que estiver ao meu alcance, pois eu sei que o merecem… dizem vocês “vês, não estás sozinho…” pois, talvez, por momentos, não esteja… mas que me sinto assim, sinto-me… não abandonado mas sozinho, porque estou, porque enquanto todos à minha volta se divertem, eu penso em “coisas estúpidas”, problemas sem solução, questões que sei a resposta mas prefiro ignorá-la, à espera de estar errado… mas não estou. Vejo o mundo passar a minha volta mas prefiro continuar no meu mundo, pequeno, protegido… colecciono momentos, pequenos prazeres, que vão fazendo parte de mim, não por serem meus mas porque me lembro deles, um cheiro, uma música, um sorriso, um momento, uma imagem, um raio de luz… e para quê?... para partilhar (aqueles que se podem partilhar) com outros e, por momentos, não estar sozinho porque, por momentos, estamos a experienciar o mesmo… sim por vezes pergunto-me se, quando partilho o que gosto, com aqueles de quem gosto, estou a ser altruísta? Ou será que, quando ofereço algo, estarei apenas a fazê-lo porque gosto de ver a satisfação nos olhos dos outros? Porque gosto de ouvir o “obrigado”, o “como adivinhaste?... (vêem o tipo de perguntas “estúpidas” com que gasto o meu tempo?).
Stop the world, I wanna get out!
Há 1 dia
A foto é linda e o texto também. Principalmente porque se nota que veio do coração.
ResponderEliminar(Amanha volto para te dizer o que penso :)
Beijos :)
Pax,
ResponderEliminar:)
Ficarei a espera de saber o que pensas então… até amanhã.
Beijinhos,
FATifer
Como te entendemos, tão bem!
ResponderEliminarÀs vezes isso muda quando menos esperamos...
Beijos & Abraços
A foto é linda.
ResponderEliminarO texto...nem me atrevo a dizer o que penso.
Digo apenas que gostei.
beijo
Casal Tuga,
ResponderEliminar“Às vezes isso muda quando menos esperamos...”
As vezes que já ouvi isso… acredito que me compreendam, mesmo que não sintam o que sinto. Às vezes permito-me acreditar na vossa frase que transcrevi mas só às vezes.
Cumprimentos e obrigado por mais esta visita,
FATifer
Vita,
ResponderEliminarAinda bem que gostaste da foto e do texto:
“…nem me atrevo a dizer o que penso.”
Espero que isto não seja por causa da minha reposta ao teu comentário no post “homens” da Pax. Atreve-te, por favor, a dizeres o que pensas (por mais que até possa não gostar, o que duvido) se não quisesse ler opiniões não teria escrito aqui, escrevia no ficheiro onde guardo os textos que escrevo só para mim…
Beijinho,
FATifer
Realmente, já um avez escrevinhei sobre isso... A solidão às vezes é desejada, mas de um momento para o outro pode transformar-se na nossa pior inimiga... Eu que o diga!
ResponderEliminarPah....
ResponderEliminarAi ai ai ai...puxão de orelhas ou nalgada? Que preferes?
Eu sou da opinião (e as opiniões são como as vaginas, quem quer dá-las dá-las eheheheh - Pax, saudades desta?) que só estamos sós se quisermos...temos de fazer por estarmos acompanhados. E como, perguntas tu? Olha...tonando-te imprescindivel na vida de alguém ou de "alguens" :)...é um género de troca de serviços...toma lá dá cá! A amizade não é mais do que isso, uma troca de serviços (friamente falando)...aquela de que se dá sem querer nada em troca é a maior treta que existe...só damos se recebermos, se não cansamo-nos de dar e dar e dar e a outra pessoa não está nem ai :). Digo eu digo eu!
Quando estiveres com a sensação de solidão, já sabes...vens beber um café aqui com a tagarela que só diz asneiradas :).
Abreijos
P.S. - Este fim de semana fui andar de mota...e...comi mosquitos para caraças ahahahaahhaah...fdx...sabe tão bem levar com o ventinho na trombinha...uiii se sabe!
Afrodite,
ResponderEliminar"as opiniões são como as vaginas, quem quer dá-las dá-las eheheheh - Pax, saudades desta?"
Saudades de ti!
Com ou sem va... opiniões!
Eu sabia que regressarias em grande! Fazes-nos buééééé falta!
Beijos :)
Se soubesses a quantidade de minutos que gastei (ou não) em pensamentos assim...
ResponderEliminarEu acho que muitas vezes nos sentimos sós (mesmo acompanhados) e queriamos alguém ao lado com quem dividir momentos. Outras alturas sentimos que toda a gente se mete na nossa vida e queriamos estar sós num local onde ninguém nos conhecesse para podermos estar tranquilos.
ResponderEliminarO mal é que nem sempre conseguimos o que queremos no momento em que o queremos.
A nossa vida é feita de fases. Agora assim; depois de outra maneira.
O melhor que temos a fazer é, por um lado, contrariarmos o que não nos agrada, fazendo um esforço para modificar as situações que nos entristecem. Por outro lado, aproveitarmos as vantagem de cada momento... que, numa fase seguinte, quem sabe se não teremos saudades deles...
(Logo mando-te um presente para o mail :)
Beijos :)
Mais vale só que mal acompanhado Fatifer, e sim estamos sós, mesmo com alguém ao lado, raros são os momentos em que nos sentimos realmente acompanhados.
ResponderEliminarGosto muito de estar sózinha é quando me iludo mais, sonho com a liberdade e essas coisas...
Beijos Fatifer , n estás sózinho :) Estamos todos :P
As minhas desculpas a todas mas, hoje não tenho tempo que quero ter para responder como quero. Assim só amanhã reponderei condignamente a todos os comentários…
ResponderEliminarBeijinhos,
FATifer
Fatifer, de modo nenhum, acho apenas que dificilmente se pode comentar este texto, pelo menos sem conhecer minimamente a pessoa em causa.
ResponderEliminarTransparece tanta coisa nestas linhas que não querendo fazer juizo de nada, parece-me alguém triste.
E sabes, eu não convivo bem com a tristeza, ou isolamentos.
Fui criada numa familia numerosa, até hoje nos juntamos, rimos, conversamos, juntos na mesa ao jantar em casa da mãe somos uns 20 aos fim-de-semana.
Raramente nos escapa algo nos outros, eu vivo só com o meu filho, e por vezes gosto de estar só sim, mas por norma estou rodeado de gente, barulho, risos.
Isso fez de mim uma pessoa muito comunicativa, e com má aceitação em textos como o teu, aflige-me.
Não porque como tu dizes seja um lamento, mas sim por achar que somos muito mais felizes com um sorriso, com a companhia, mesmo tendo os nossos momentos sós.
Só por tudo isto não o queria comentar, porque aprecio demasiado a vida os amigos, familia, o amor, sexo, riso, e dificilmente concebo a vida sem sentir emoções.
Um beijo sorridente.;)
As minhas desculpas, uma vez mais, mas não vou seguir a ordem dos comentários nas minhas respostas…
ResponderEliminarFATifer
Naturezas,
ResponderEliminar“Mais vale só que mal acompanhado”
Sempre foi o meu lema ;)
Penso que, por partilhares a minha forma de estar, compreendes bem a essência do que quis transmitir com este texto… é difícil dizer mais, explicar melhor… ou se sente ou não, ou se é assim ou não…
“n estás sózinho :) Estamos todos :P”
Como disse “…estamos condenados a estar sozinhos connosco próprios” ;)
Beijos,
FATifer
Vita,
ResponderEliminarCompreendo as tuas reservas… mas agradeço a tua opinião.
Não me considero uma pessoa “triste”… embora aprecie os meus momentos de melancolia como quem aprecia um bom whisky…
Neste texto apenas aflorei algo que sempre senti, o facto de ser uma pessoa que convive bem com a solidão. Exploro o facto de achar que estamos, como disse, “condenados a estar sozinhos connosco próprios”.
“… somos muito mais felizes com um sorriso, com a companhia, mesmo tendo os nossos momentos sós.”
“…porque aprecio demasiado a vida os amigos, familia, o amor, sexo, riso, e dificilmente concebo a vida sem sentir emoções.”
Verdade, concordo. Fico contente por, uma vez mais, confirmar que há pessoas, como tu, para as quais estar acompanhado é o estado “normal”. Para mim esses são os momentos de que falo, que gosto de coleccionar. Momentos onde descubro algo novo ou partilho algo com alguém, onde parto em busca das emoções que depois me alimentam os pensamentos…
Com isto tudo não quero que penses que não gosto de rir e de fazer rir (por mais que considere que o meu sentido e humor, é por vezes, “estranho”)
Como disse à Naturezas, é difícil explicar melhor o que quis dizer, ou se sente ou não…
Obrigado pelo bocadinho de ti que deixaste no teu comentário.
Beijinhos :)
FATifer
Cris…
ResponderEliminarTambém acho que não se perde tempo quando se pensa, mesmo em problemas sem solução ;)
Beijinho e obrigado por mais esta visita,
FATifer
Yargogirl,
ResponderEliminarComo disse no texto, para mim, a solidão não é (nem me parece que algum dia venha a ser) uma inimiga. Mas cada um tem a sua forma de estar. Há me pessoas que têm necessidade de não se sentirem sós e outras (como eu) convivem bem com essa sensação, isto falando não só no sentido literal…
Como diz a Pax a vida é feita de fases, e tu mesmo que penses que não estás numa fase das melhores não deves deixar de acreditar que algo melhor se seguirá ;)
Beijinhos,
FATifer
Pax,
ResponderEliminarSábia como sempre… :)
Claro que não posso deixar de concordar com o que dizes… não vou tentar rebater, sei que tens razão, sei que é assim que devemos estar, que é essa a atitude a adoptar perante a vida. Como já disse, posso ser acusado de pensar demais… esse será, simultaneamente, um dos meus maiores defeitos e uma das minhas maiores virtudes dependo do ponto de vista e da situação… mas não sei, nem quero, ser de outra forma…
Beijinhos,
FATifer
PS – adorei o presente :)
Cara Deusa,
ResponderEliminar“Ai ai ai ai...puxão de orelhas ou nalgada? Que preferes?”
Ambas proposta tentadoras mas levarias a mal se recusasse as duas? :P
Interessante essa tua perspectiva sobre a amizade… parece-me correcta, deve ser uma troca sim, até porque se a amizade é verdadeira a troca é sempre justa (mesmo que não pareça para quem está de fora). Agora essa de me tornar imprescindível, aí já ponho as minhas reservas… sei que sou importante para (não sei se devo dizer muitas, será melhor dizer) algumas pessoas mas imprescindível não acredito que seja. Também poderia dizer (só para ser do contra) que mesmo sendo imprescindível para alguém, poderia continuar a sentir-me sozinho…
“Quando estiveres com a sensação de solidão, já sabes...vens beber um café aqui com a tagarela que só diz asneiradas :).”
Amável convite (e sendo de uma deusa), difícil de ignorar :) … não duvido que me conseguias animar (se eu estivesse triste). Aproveito para relembrar (porque não posso perder esta deixa) o convite que te fiz e que ainda está em aberto (não não estou a pressionar apenas a relembrar ;) )
Abreijo dos teus e obrigado…
FATifer
PS – pois será que o andar de mota ajudou a que voltasses ao teu estado “normal” (diria que sem dúvida que sim!). Quanto a vento não sou grande amante (até pela questão dos mosquitos) sou adepto do capacete integral! ;)
Do próximo passeio avisa pode ser que te possa fazer companhia ;)
fatifer continua a partilhar, é um prazer.;)
ResponderEliminarBeijo
Vita,
ResponderEliminarContinuarei a partilhar sempre que estiver “in the mood”…
E tu continua a deixar os teus comentários que nós gostamos de te ter por cá ;)
Beijinho,
FATifer