“Às vezes ainda sinto falta daquela sensação que nada nos pode magoar...”
Li esta frase em tempos num blog de uma amiga (blog entretanto encerrado)… a doce angústia da frase cativou-me e hoje relembro-a porque, não sendo exactamente isso que sinto, acho-me capaz de compreender a angústia que ela encerra.
Apetece-me ao mesmo tempo gritar e ficar calado, sorrir e chorar, correr e ficar quieto… não, não estou apaixonado, antes estivesse… estou com aquela vontade de deixar de ser eu só por uns instantes que fosse (acho que todos já sentiram isso, não?). Não sei o que quero, só sei que quero algo que não tenho. Costumo designar este estado de “angústia existencial”… por me parecer que é a melhor forma de o caracterizar. Curiosamente é mergulhado neste estado que mais facilmente consigo “criar” seja o que for, como se a capacidade criativa fosse catalisada por esta necessidade de achar algo que não se sabe o quê…
Assim escrevi porque isto amanhã passa mas volta… sem avisar…
FATifer
sábado, 9 de maio de 2009
Divagando…
6 comentários:
Este local serve para largar comentários, daqueles, dos inteligentes e com sentido...todos os outros, que consideremos que não cumprem esses critérios, serão eliminados prontamente. Mais...anónimos amigos por favor identifiquem-se, já basta não conhecermos a cara...pelo menos o nome/nick.
Desde já o nosso agradecimento, voltem sempre!
Ah! E a pedido da nossa estimada leitora Van, passamos a avisar que a leitura deste blogue engorda!
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“Às vezes ainda sinto falta daquela sensação que nada nos pode magoar...”
ResponderEliminarEstas frases são ditas normalmente por gente bem mais vela do que tu.
Esta frase tem uma palavra que me deixa a pensar, poder ter sido colocada sem nenhuma intenção mas está lá. AINDA.
Será que se lia a frase da mesma maneira se essa AINDA não estivesse lá?
O AINDA revela que a frase foi escrita por alguém jovem e no meu entendimento revela que é uma situação passageira e temporária, será assim Fat?
Todos nós passamos por essas fases.
ResponderEliminarCom maior ou menor consciência da angustia, com maior ou menor consciência de que nem sequer sabemos porque nos sentimos assim, sem (aparentemente) sequer acharmos que teremos motivo para tal.
Faz parte de todos os seres humanos, quer o partilhem ou não mas, como bem sabes, passa e na próxima vez pode ser ainda pior (lê "melhor") porque pode mesmo ser por te teres apaixonado! Lol.
Beijos :)
Caro Paulo,
ResponderEliminarQue me lembre não dei indicação da minha idade ainda :) … mas posso dizer-te que amiga que citei, é mais nova que eu.
Claro que concordo com o que dizes sobre o “ainda”. A sua existência na frase confere-lhe, sem dúvida, um certo “encanto” extra; pois sem o “ainda”, como dizes, a frase revelaria uma postura mais conformada (de alguém mais velho).
Falando da frase em si, acho que é algo que se sente num instante não será algo para se sentir permanentemente, tal como a sensação de “angústia existencial” que menciono vai e volta mas raramente dura mais de um dia, se tanto (isto no meu caso, cada um falará por si).
Abraço,
FATifer
Cara deusa Pax,
ResponderEliminarSim, eu sei que me entendes e sei que, por mais que cada um experiencie as coisas à sua maneira, não sou o único a sentir o que tentei descrever…
Como sabes tenho uma certa tendência de ter “demasiada” consciência de quase tudo… e a “praga” que me rogas, como leste no texto, não é nada que não gostasse que acontecesse (por mais que comigo seja muito raro) eu disse “antes estivesse” ;)
Beijinhos,
FATifer
Apaixonarmos-nos só é uma praga se não formos correspondidos... e ainda assim, enquanto não descobrimos isso, é bom na mesma, lol.
ResponderEliminarBeijos :)
Pax nossa deusa,
ResponderEliminarConcordo em absoluto com o que dizes por isso escrevi “praga” (entre aspas)! :P
:)
Beijinhos,
FATifer