- AICA o que me podes dizer dos ataques que estão registados na consola.
- Estão a tentar penetrar no sistema através do exterior mas não conseguirão passar as defesas.
- E tu podes comunicar com o exterior?
- Sim, se devidamente autorizada.
- Deixa-me adivinhar, nível 5.
- Não, nível 3.
- Bolas!
- Tens alguma ideia do que aconteceu, de porque é que eu estou aqui?
- Sim eu monitorizo constantemente esta instalação, sei tudo o que se passa.
- Então sabes que não devia estar aqui!...
- Sim.
- Então podes abrir a porta…
- Não sem estar devidamente autorizada.
- Aaarrrr… para que estou eu aqui a argumentar com uma máquina!
Tom levanta-se da cadeira que voltara a ocupar depois de ter ido à cabina de scan. Coloca a mão no rectângulo e abre a porta que dá directamente para as camaratas. Dirige-se à cozinha, apetece-lhe comer qualquer coisa.
- Posso sugerir uma pizza do mar, é o especial do dia.
- … mas que raio… AICA?
- Sim Tom.
- Pensei que só estavas na sala de controlo.
- Eu estou em todo lado nesta instalação.
- Pizza do mar com que então…
- Sim.
- Ok venha ela.
- Estará pronta em 5 minutos. Para beber?
- Coke.
Tom olhava a cozinha, o forno que estava a trabalhar e a sua coca cola que surgira a um canto da mesa. Tudo tinha sido pensado mesmo.
- AICA…
- Sim Tom.
- É uma pena não poderes fazer-me companhia…
- Sim desejares posso.
- Como assim?
De repente surge projectada no meio da cozinha, ao lado do balcão, uma imagem de uma esbelta mulher com um fato de cozinheira.
- Mas que raio?
- É a minha projecção holográfica.
- Hum… e não podes mudar esse fato?
- Com certeza.
- Assim está melhor… não está perfeito mas melhor.
A imagem de AICA mudou para um fato que se assemelhava a uma farda tirada de um filme de ficção científica.
Ouve-se um sinal sonoro.
- A sua Pizza está pronta Tom. Não se esqueça de usar as luvas para manusear o tabuleiro.
- Sim mamã.
- Não sou sua progenitora Tom.
- Progenitora! AICA temos de te arranjar uma linguagem mais descontraída! Aproveita para ver o significado de “ironia”, que foi o que usei quando te chamei “mamã”.
- “Ironia”… entendido…
- Vou comer aqui mesmo… AICA que tal uma música ambiente?...
- O que deseja ouvir?
- Sei lá… escolhe tu.
- Tenho 1 milhão de músicas em arquivo, escolha aleatória activada.
- Ok, deixemos à sorte…
Começa-se a ouvir “Anything but ordinary” de Avril Lavine, Tom sorri e dá uma dentada na sua pizza, enquanto olha para aquela imagem holográfica que parece observá-lo.
- Estou? Lisa?
- Philip?
- Sim… então como está esse tornozelo?
- Está melhor…
- Já vi o teu mail, depois do jantar estarei online…
- Ok… o que estará o Tom a fazer?
- Está a jantar como nós estaremos em breve.
- Achas?
- Não tenho dúvidas, se há coisa que o Tom não dispensa é comer e de certeza que já assaltou aquela cozinha.
- Sim… ele sabe desenrascar-se, lá isso é verdade… lembras-te daquela vez que se perdeu naquela visita de estudo e o foram encontrar a comer cogumelos?
- Lembras-te disso?
- Sim, como poderia esquecer a forma como conseguiu explicar ao professor de biologia que sabia que não eram venenosos!
- Ah, sim… o Tom decora coisas que não lembram a mais ninguém…
- Pois é … bem, tenho de ir jantar, até mais logo, online.
- Sim até mais logo…
Na base militar o Tenente McNeelly apresenta a Miss Anderson as hipóteses de intrusão no bunker que a sua equipa está a ponderar. Todas envolvem condutas de ar mas nenhuma agrada por completo pois as hipóteses de sucesso não são grandes.
- Continuam a trabalhar a pensar que o Tom não conseguiu entrar na sala de controlo?
- Sim, não me parece que o tenha conseguido.
- Pois eu acho que sim e que devíamos tentar comunicar com ele através das câmaras…
- Podemos… e o que dizemos? E como ele vai responder?
- Pois… não sei…
- Vamos comer qualquer coisa?
- Vamos…
Em casa do Tom há um sentimento de vazio materializado no seu lugar à mesa desocupado. O seu pai e a sua mãe comem em silêncio ainda a tentar digerir o que lhes fora contado por Miss Anderson. Não ligaram a televisão por não quererem ver algum suposto especialista a opinar sobre as soluções que o filho terá e o que poderão fazer para o tirar de lá. Sabiam que tudo não passaria de especulações que não estavam para aturar. As imagens e entrevistas feitas aos colegas de Tom são mostradas até à exaustão.
(continua)
FATifer
Stop the world, I wanna get out!
Há 1 dia
Presente! :))
ResponderEliminarbeijoca
Estou a gostar... mas recuso me a fazer mais comentário até a "obra" estar terminada... temos de ver as partes como um todo... assim obrigas me a ver o todo, todo fragmentado... lol
ResponderEliminarBjokas ;)
Pronto, mudei outra vez de opinião: afinal o miudo até é esperto :)
ResponderEliminarBeijos :)
Sempre por aqui...mortinha por ver até onde nos leva o miúdo!!! Beijinhos
ResponderEliminarP@pinh@
Who Am I,
ResponderEliminar:) … volto a agradecer estares por aqui e leres…
Beijinhos,
FATifer
Crazy girl,
ResponderEliminarPois tens razão mas um post com a história toda seria um pouco longo, acho eu … para além do que vou escrevendo e inventando a história à medida que escrevo…
Obrigado por leres e fico à espera do comentário no final.
Beijinhos,
FATifer
Pax,
ResponderEliminar:)… pois, pois, (dá vontade de dizer: espertos são os cães, ele é inteligente! :P)
Beijinhos,
FATifer
Papinha,
ResponderEliminarA questão, que debatia com a Pax noutro dia, é o que é que eu vou fazer-lhe? … estou a ponderar várias hipóteses de evolução da história… espero escrever o próximo capitulo este fds…
Beijinhos e obrigado por te manteres por aqui a ler ;)
FATifer
"ele é inteligente!"
ResponderEliminarIsso dizes tu!
Para eu não estar a tirar conclusões precipitadas, dar-lhe-ei (ou não) esse titulo mais tarde ;)
Beijos :)
Pax,
ResponderEliminarOk, intitula quando quiseres :p
:)
Beijinhos,
FATifer