terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O dia em que participei no rali de Casablanca e... perdi!

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Estando eu a passar uns diazitos em Marrocos, mais propriamente em Casablanca, e estando já tão farta da gastronomia marroquina, ouvi comentar que tinham aberto um PizzaHut na cidade (porventura o primeiro do país)! Nem hesitei. Apesar de o almoço estar incluído no hotel, tinha mesmo de lá ir. Ora até aqui muito bem, não fora o facto de ninguém me saber dizer onde seria o dito cujo restaurante, estar num país onde não falo a língua e numa cidade com 5 milhões de habitantes, imensa e desconhecida.

Com mais dois amigos, tão desesperados quanto eu por uma cheeseham, achamos que o mais inteligente seria apanharmos um táxi. Um petit táxi, daqueles onde só entramos nós e não todos os muçulmanos mais que estejam em qualquer esquina e que vão cabendo ao colo uns dos outros -claro- que nós éramos turistas, ou seja, seres inteligentemente superiores, não indígenas.

Lá chamo o petit táxi e digo p-a-u-s-a-d-a-m-e-n-t-e ao condutor (sim, que nós tínhamos plena consciência de sermos seres inteligentemente superiores), em francês (que devido ao facto do Sul ter sido protectorado francês há quem fale a língua): «Para um restaurante que se chama P-i-z-z-a-H-u-t, por favor» e ele diz que sim! Fantástico! Além de ter percebido os seres inteligentemente superiores, meteu uma mudança, o que significava que o restaurante existia mesmo e ele até sabia onde estava! Melhor seria impossível.

No final da rua do nosso hotel virámos à esquerda, percorremos uma longuíssima avenida, depois direita, outra longuíssima avenida, depois mais várias esquerdas e várias direitas de várias longuíssimas avenidas, num transito onde parece ter prioridade não quem está pela direita mas sim quem insulta mais alto o outro condutor.

Nós, seres inteligentemente superiores, também nunca lhe admitiríamos que não conhecíamos a cidade mas percebemos que ele a conhecia bem, pois, ao fim de uns 45 minutos estávamos parados junto daquelas letras mágicas e já a babarmos pela "familiar". Ainda comentámos «Tão a ver? A pé, nem amanha cá chegaríamos!»

Pagámos, agradecemos muito sorridentemente e demos uma boa gratificação ao condutor (que os táxis lá até são baratos). Como eu tinha sido a última dos seres inteligentemente superiores a sair, antes de arrancar, abriu o vidro do lado direito e chamou-me. Quando voltei atrás disse-me: «Está a ver aqui esta próxima rua à direita?» Eu: «Sim...» Ele: «É que depois, se não quiserem apanhar um táxi, o vosso hotel é logo lá o segundo edifício do lado esquerdo» e arrancou.


Foi P-i-z-z-a-c-o-m-f-i-a-m-b-r-e-e-m-o-n-t-e-s-d-e-g-a-r-g-a-l-h-a-d-a-s !!!!!
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32 comentários:

  1. Eheheheheh lindo...temos que fazer um tour assim, nem que seja já ali ao lado no Nepalês eheheheh!

    Abreijinhos linda

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  2. Afrodite,

    Lol, é mesmo: para se fazerem figuras destas, até em Alvalade dá!
    (Hehehe, associar Alvalade com figuras tristes até que não calha nada mal mesmo,lolololol)

    Beijos :)

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  3. ok...estou a tentar...mesmo a tentar...mas

    AHAHAHAHHAHAHAHHAHHAHAHAHHAHAHHAAHH

    Não consegui! Tinha mesmo de me rir :))

    beijinho

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  4. Who Am I,

    Acredita que eu também me ri e muuuitooo!

    Faço cada coisa... eheheh muitas vezes rio-me ainda mais com as minhas que com as dos outros :):):)

    Beijos :)

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  5. Espertas somos nós que conseguimos rir do que nos acontece :))

    A minha mãe costuma-me dizer:

    "Filha, eu espanto-me como te consegues rir das coisas estranhas que te acontecem. Aliás tu consegues rir-te do que mais ninguém acha piada!"

    Enfim..ihihihi

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  6. LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL, sacana do taxista pá!!! resolveu mesmo afiambrar-vos!!! :D LOOOOOOOOOL!

    Nunca fui a marrocos e confesso que não tenho grande vontade...

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  7. Who Am I,

    Somos duas então :)

    A mim já aconteceu estar durante 3 horas a tentar contar a uma pessoa uma coisa que me tinha acabado de acontecer e de cada vez que tentava começar a contar tinha outro ataque de riso e acabei por não conseguir naquele dia!
    Loooooooool.
    (Uma figura triste em cima de outra, eheheheh)

    :)

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  8. Van,

    "sacana do taxista pá!!! resolveu mesmo afiambrar-vos!!!"

    Pra tu veres o que os seres inteligentemente superiores têm de suportar quando lidam com os inteligentemente inferiores, looooooool.

    "Nunca fui a marrocos e confesso que não tenho grande vontade..."

    Pois eu acho que toda a gente deveria ir, nem que fosse uma vez na vida.
    É uma experiência fantástica a vários niveis (e desta vez é que não estou a brincar :)

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  9. Também choras a contar e ficas com a voz fininha de tanto rir? ihih

    Passando depois para o estado sonoro de parecer uma porquinha a grunhir?? ihihiihi

    Deus, como gosto de me rir assim :P
    Geralmente ficam a olhar para mim de lado, claramente numa tentativa de verem quando é que me dá uma coisinha má!

    ihihihihihihi

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  10. Who,

    Voz fininha nunca reparei, lol, mas chorar é certinho, certinho! Se a tenho, borro a pintura toda! Lololol

    "Passando depois para o estado sonoro de parecer uma porquinha a grunhir??"

    AHAHAHAHAHAHAHAHAH, espero ainda nunca ter chegado a essa fase... ou cheguei...? pensando bem... também já vi pessoas a olharem pra mim de lado... Lololololol

    AHAHAHAHAH, rir assim é mesmo do melhor!

    :)




    ...

    "porquinha a grunhir" looooooooooool, obrigada pela gargalhada :):):):):)

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  11. ahahahahahaha

    Gostava de ter visto a cara que fazias ao taxista, pa!
    loooooooooooool

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  12. Cris,

    Levei mais tempo a digerir aquelas palavras em francês do que levei a digerir o almoço! Eheheheheh, o que vale é que deu pra rir e não foi pouco!

    :)

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  13. I.D.Pena,

    Podes crer! Mas há barretes que dão tanto gozo que até se enfiam com gostoooo, lololol.

    Beijos :)

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  14. Comentando o título que decidiste atribuir ao teu texto, diria que perdeste algum dinheiro e tempo por um lado mas ganhaste umas gargalhadas e uma excelente história para contar. A meu ver, um balanço altamente positivo! ;)

    Marrocos não sei se me convences mas adorei a história :)

    Beijinhos,
    FATifer

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  15. oh pah, depois de ter ouvido a minha irmã (que é loira) a relatar que teve de esfregar terra na cabeça para pararem de segui-los...e de uma amiga da minha mãe (loira...) que desapareceu em marrocos, sem deixar rasto...bem, confesso que a vontade não se impôs...

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  16. ah e de se fartarem de gritar à minha irmã que tapasse os ombros...

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  17. No fundo não perderam... se o objectivo era pizza ele foi conseguido... e ainda comeram mais bem dispostos...
    Para não falar que deixaram um certo taxista mais feliz... ;)

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  18. Epá, afinal não são só os taxistas tugas a engrupir os estrangeiros!

    Mas a história está uma delícia e a aventura sempre deu para umas boas gargalhadas! :)))

    Beijocas!

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  19. Cá está, uma das histórias prometidas.

    A que contas é um clássico. Acontece em toda a parte onde há taxistas. Como escrevi no meu texto, os taxistas são filhos do Demo, a encarnação do cabeçudo à face da terra. Este episódio é um clássico, a mim poderia ter acontecido em Atenas, mas algum domínio do grego antigo que tinha perorado ao longo de um ano lectivo durante o ensino secundário (grego, imagine-se), esse idioma ainda que numa versão antiga e para eles quase imperceptível serviu-me para perceber que o destino era já ao virar da esquina, entrámos por uma porta do táxi e saímos pela outra, mesmo sem o táxi ter saído do mesmo sítio. Hilariante...

    Quase tão estranho como o taxista nos confins da República Checa, que dizia ser formado em Filosofia e Teologia, mas que não se entendia muito bem com o Inglês e então quando percebeu que eu era português se pôs a falar comigo num Latim arrevesado. Ele há com cada um...

    E ainda são as histórias mais civilizadas, mas como referi ainda hei-de escrever um livro só com grandes histórias de taxistas. E depois quero ir ao Fátima Lopes apresentá-lo...

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  20. FATifer,

    "A meu ver, um balanço altamente positivo!"

    Também acho!
    E já reparaste que, se compararmos os titulos deste e do anterior, acabamos por concluir que ganho mais quando ando a pé do que de carro...?

    ;)

    "Marrocos não sei se me convences"

    Eheheheh, nem me parece que qualquer uma das histórias sobre Marrocos que teria para contar te convenceriam mas, como já disse à Van, toda a gente deveria lá ir nem que fosse só uma vez na vida. O que se ganha em conhecer (com o espirito aberto de quem, realmente, quer) um outro tipo de cultura é fantástico.

    Beijo :)

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  21. Van,

    "que desapareceu em marrocos, sem deixar rasto (...)"

    Eu posso dizer-te que conheço bem Marrocos (eheh, excepto se por comparação com os taxistas;) e, não querendo por em causa as histórias que se contam (que também já ouvi muitas), é mais o mito que a realidade. Podem já ter acontecido mas do mesmo modo que já cá aconteceram e que acontecem noutro local qualquer. Não mais.
    É facil perdermo-nos numa medina sim, mas raptados para sempre... hum... duvido.
    Eu, pessoalmente, andei muitas vezes sozinha pelas ruas e mandavam-me umas frases (em árabe-dava igual que me elogiassem ou insultassem) mas nunca me senti insegura, ao contrário de noutras cidades em países ditos "civilizados". E olha que eu estava dentro dos padrões de gosto deles, lol, tinha a minha cotação avaliada em camelos bem elevada, lol.

    Beijo :)

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  22. TM

    (Bem vinda:)

    "se o objectivo era pizza ele foi conseguido... e ainda comeram mais bem dispostos..."

    Podes crer!
    Ganhamos mesmo uma barrigada... de riso!
    E ainda o que nos rimos ao vermos o modelo dos cubinhos do fiambre... foi a cheeseham mais divertida da minha vida, lololol.

    O taxista até foi fixe... já que, possivelmente, nem seria ele na hora da saída do restaurante... poupou-nos os dirhams do regresso!

    Beijo :)

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  23. Teté,

    "Epá, afinal não são só os taxistas tugas a engrupir os estrangeiros!"

    Ah pois não!
    Seres inteligentemente superiores e seres inteligentemente inferiores existem em todo o lado! Lolololol.

    "Mas a história está uma delícia e a aventura sempre deu para umas boas gargalhadas!"

    E procurar o lado divertido das coisas também deve fazer parte da vida :)

    Beijo :)

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  24. Bruno,

    "Cá está, uma das histórias prometidas."

    Pois é, foste tu quem ma fez lembrar :)

    "Como escrevi no meu texto, os taxistas são filhos do Demo, a encarnação do cabeçudo à face da terra."

    Lol, ainda que estejas a ironizar, deixa-me discordar: há excelentes pessoas a conduzirem taxis (eu conheço alguns), assim como as há em todas as profissões, excelentes e intratáveis, como em todo o lado.

    Neste taxista nem posso dizer que foi tão mau assim: afinal eu não perguntei onde era, se longe se perto nem lhe disse para ir pelo caminho mais directo (embora isso se subentenda no trabalho dele, claro); aliás, eu nunca pensaria que, numa cidade com vários milhões de habitantes, o único PizzaHut de um país com 30 milhões de habitantes estivesse, literalmente, ao virar da esquina, a menos de 100 metros da porta do hotel! Lol.
    Ele cumpriu o serviço dele do modo que julgou não lhe dar prejuizo.
    São culturas muito diferentes, temos mesmo de as ver com esse desconto da diferença em relação ao que estamos habituados no pequeno mundo onde habitamos.

    "ainda hei-de escrever um livro só com grandes histórias de taxistas."

    Eheheh, excelente ideia! Se precisares de material diz, que eu também forneço ;)

    Beijo :)

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  25. Bruno,

    Ainda outra coisa que te queria dizer:

    Como conheço taxistas, também sei do reverso da medalha, ou seja, acredita que alguns também escreveriam livros bem interessantes com histórias de clientes, lol.

    :)

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  26. Obrigado por me dares razão na questão das gorjetas! :D

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  27. Rafeiro,

    (Bem vindo:)

    E porque é que tu achas que o taxista foi tããão altruista...?
    Como vês, não te dou nada razão: as gorjetas fazem mesmo muita falta! Até para os presidentes das Câmaras! Lol

    :)

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  28. Acredito que ainda agradeceste ao senhor no final, lolol.

    Beijinhos

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  29. Patrícia,

    Até que teria agradecido novamente... se ele me tivesse dado tempo para traduzir mentalmente a frase final antes de ter arrancado!

    Beijo :)

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  30. Eh eh pax, afinal o senhor até foi simpático, poupou-te gastares outro tanto na ida.;P

    Beijo linda

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  31. Vita,

    Pois foi. Já que dificilmente seria ele o sortudo novamente... lol.

    Beijos :)

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