quinta-feira, 4 de junho de 2009

O calculismo!

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O calculismo aplicado às emoções é uma das coisas mais inúteis, ridículas, incoerentes e que mais as podem prejudicar!
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Há uma prática que me apraz sobremaneira observar: o jogo do deixa-cá-fingir-que-não-mas-estou-mortinho/a-para-lhe-ligar!

É aquele jogo em que cada um se acha mais inteligente do que o outro e cada um faz questão de ser o predador e de que o outro seja a presa, sem se aperceberem de que quando morderem, mordem a própria cauda, de tanto que andam à roda!
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Um exemplo mais concreto:
Fulano conhece fulana na night e vice-versa. Ela agrada-lhe de todas as formas possíveis, como havia muito ninguém o fazia e ela sente exactamente igual. Trocam conversas, sorrisos e olhares. Guardam vontades e desejos.
Darão a entender o que sentem?
Não! Que nunca se dá nada antes da certeza de haver algo para se levar em troca!
Fulano não quer parecer que anda à procura de alguma coisa (até porque não anda e sabe bem o seu enooorme valor) e fulana não quer parecer desesperada (até porque não está e também sabe bem o seu enooorme valor).
Fulano e fulana partilham números de telefone como algo perfeitamente ocasional, como simulam fazer com qualquer pessoa, até porque nenhum aparenta que se lembrará de que o fez, depois de uma noite de sono.

Fulano vai para casa e tem dificuldade em adormecer. Pensa em como aquela mulher o fascinou e em como poderia ter acabado a noite ou algo mais...
Fulana vai para casa e não consegue dormir. Pensa em como aquele homem é fascinante e em como poderia ter começado a noite ou algo mais...
Dia seguinte: fulano já olhou para o número umas 948 vezes e fulana finge que não se lembrou de lhe ligar outras tantas.
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Fulano pensa que se ela tiver interesse que lhe ligue!
Fulana pensa que se ele tiver interesse que lhe ligue!
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Eles até ligariam, mas... no dia seguinte seria demonstrar demasiado interesse. E isso iria, certamente, desinteressar o outro. Talvez daí a duas semanas. Não! Duas semanas seriam um excesso porque pareceria mesmo desinteresse!
Uma semana! Isso! Caso não liguem (mas que raio de merda se o outro não liga), ligar-se-ão daí por uma semana! Não! Isso seria demasiado óbvio, pareceria que tinham contado os dias. Uma semana, um dia, oito horas e vinte minutos! Assim sim, parece perfeitamente ocasional!
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Fulano e fulana torcem-se e contorcem-se numa luta diária do «deixa cá ver se é hoje que liga, que não, não serei eu quem lhe vai ligar!».
Sete dias depois o telefone dela toca e como já tinha passado seis dias a correr em vão, desta vez nem se lembra que pode ser ele. Mas é! E ela tenta que a voz não traga emoção: «Quem?» (É ele, é ele, é ele!) «Ahh... sim... acho que sim... lembro... sim...» (Ligou, ligou, ligou!) «Amanh...ã...ã...» (Lembrou-se, lembrou-se, lembrou-se!) «Pois... pode ser... acho que posso, sim» (Yupi, yupi, yupi!).
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Ele desliga achando que a fulana é uma convencida e o interesse de sentido único. Foi estúpido! Provavelmente estará no final de uma longa fila de interessados. Seria mais um com quem ela iria intercalando os tempos mortos. Pensando bem, afinal, já não lhe interessa assim tanto. Sabe que o tempo lhe atenuará a vontade. Não é a primeira vez, não será a última.
Amanhã inventará uma urgência no trabalho a nunca mais a verá!
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Onde terá ficado a simplicidade e a sinceridade de um «adorava ver-te de novo», de um «gosto-te», de um «apeteces-me», de um «quero-te»?
Que foi feito do impulso, do repente, da surpresa?
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O "Forrest Gump" sempre foi um dos meus filmes preferidos. Em grande parte por isso mesmo: pela minha admiração pela simplicidade e incapacidade para o calculismo ou jogo que algumas pessoas têm. Pelo exemplo, pela raridade da faculdade que possuem: serem, fazerem e dizerem exactamente aquilo que lhes vai na alma, no segundo que lhes passa a alma. Nunca perdem o momento. Não ficarão presas no "como seria se...".

Ainda que alguns as vejam como desajustadas, essas pessoas são as que nunca perderam o toque de algo que lhes tenha apetecido tocar, o cheiro do que lhes apeteceu cheirar e a oportunidade de terem tudo aquilo que desejaram possuir pois, ainda que não o tenham conquistado, viverão bem com isso, pois sabem que não foi por não terem pugnado ou dito que o queriam!
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27 comentários:

  1. Acabei de ler e sorri… decidi reler…

    Sei que tens razão mas também sei que sabes que simplificaste um pouco… ou antes… acho que terá sempre de haver uma ponderação senão, se todos agíssemos quase que por instinto, também seria complicado.

    Concordo que o exemplo que dás é comum acontecer e resulta, talvez, de um excesso de, chamemos-lhe, ritualidade (para não dizer cinismo) a que assistimos nas sociedades ditas desenvolvidas. Misturado com algo milenar no ser humano que é a ideia de que não se pode dar parte fraca, dá por vezes o resultado que acabas por descrever – a perda de uma óptima oportunidade para ambos. Diria mesmo que haverá situações muito mais tortuosas, no teu exemplo as coisas, até certo ponto, até ocorreram natural e espontaneamente…

    “Onde terá ficado a simplicidade e a sinceridade de um «adorava ver-te de novo», de um «gosto-te», de um «apeteces-me», de um «quero-te»?
    Que foi feito do impulso, do repente, da surpresa?”

    Perguntas muito bem mas acho que cada um terá uma resposta, embora se possa vir a constatar (como acabas por fazer neste texto) que poucos são aqueles que conseguem preservar essa capacidade de ser espontâneos…

    No filme que falas a frase “life is like a box of chocolates…” é paradigmática do que dizes… há quem nem sequer abra a caixa com medo de que eles se estraguem … há os que abrem a caixa mas só olham, não mexem… há os que mexem mas não comem… e depois há os poucos, qual crianças, que comem tudo de seguida, sem pensar na possível dor de barriga que se pode seguir e esperando, inclusive, que a caixa logo a seguir se volte a encher como por magia (e não é que enche!).

    Excelente texto, deixaste-me uma vez mais a pensar, que é algo que sabes que gosto!

    Beijinhos,
    FATifer

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  2. Excelente post.
    Claro que sorri mas o texto é sério e muito.

    Malditos SE e MAS .......

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  3. Sorri também. Mas contigo acabo por sorrir sempre. Gosto dessa simplicidade, que havia de ser obvia, mas que toda a gente evita, com medo do ridículo. Enfim...e vai e a vida passa.
    beijinho

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  4. FATifer,

    "se todos agíssemos quase que por instinto, também seria complicado"

    Seriamos animais selvagens e também não defendo isso.
    Uma das melhores partes de qualquer jogo de emoções é precisamente a sedução. Tudo o que estorve ou precipite esse processo só estraga. No entanto, aqui neste exemplo não há apenas um jogo de sedução: há um "fazer-se caro" de tal forma exagerado que, de tão caro, se torna inalcançavel.

    Acho que há muitas pessoas que complicam demasiado o que, por si só já não é fácil (como avaliar correctamente as vontades/desejos dos outros) mas que poderia ser bem mais simples.

    Posso dizer-te que alguns dos momentos mais "mágicos" da minha vida e que com mais carinho guardo na memória foram precisamente esses não-planeados, resultantes de um qualquer impulso, meu ou de outrem. São esses os momentos que me fazem sorrir e não os processos sofridos, pensados e matutados com o objectivo de ter/conseguir algo que por vezes seria tão simples ter alcançado com apenas um momento de sinceridade, de simplicidade, de transparência de vontade.

    "há quem nem sequer abra a caixa com medo de que eles se estraguem"

    Acho que o mais grave de todas essas situações é quem não abre, não prova, não arrisca, só para ficar a pensar toda a vida a que saberiam se os tivesse provado. Por muitos chocolates que coma mais tarde, aqueles não lhe sairão da memória.

    Gosto de te fazer sorrir, de te fazer pensar também :)

    Beijo!

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  5. Paulo,

    Obrigada!
    Estou a pensar cá com os meus botões que estarás a pensar aí com os teus botões algo assim «se bem te conheço, eras capaz de fazer a mesma asneira da fulana do exemplo»
    Mas não! O meu lado carneiro talvez não deixasse! É que tudo o que tem de ser feito, tem de ser feito ontem! Lol.

    Se bem que...,
    mas...


    Pois!

    :)

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  6. Who,

    Por vezes não sorris só, que se ouvem os grunhidos no Buçaco!

    "Gosto dessa simplicidade, que havia de ser obvia, mas que toda a gente evita, com medo do ridículo."

    As pessoas nem se podem dar ao luxo de mostrarem essa simplicidade. Seriam trucidadas pela sociedade, seriam abusadas e marginalizadas. É um facto, mas tenho pena que assim seja. Tudo seria bem mais simples e, por consequencia, bonito.

    Se deixarmos que o pequeno mundo à nossa volta seja assim, já é bom :)

    :)

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  7. Talvez porque tenham medo de ficar com os sentimentos feridos. E por isso, muitas vezes as pessoas se cruzam, os amores se cruzam... e nunca acontecem. Mas isso nunca virão a saber...

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  8. Roderick,

    Talvez estejas completamente certo!
    Talvez já antes tenham sido espontâneos, talvez já antes alguém tenha abusado desse facto, talvez já tenham perdido a parte de "gampismo" que um dia habitou dentro de si.
    Talvez tenham até perdido a capacidade de perceber quando alguém poderia ser especial... é como dizes: nunca virão a saber :)

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  9. Epá, excelente post miúda.

    Talvez isto reflicta o medo, sempre o medo que as pessoas têm de viver, pelos mais variados motivos. E perdem-se oportunidades, momentos, tanta coisa...

    Mas também penso em que chega uma altura em que já não nos preocupamos com o que o outro (ou outros) vai pensar, como vai agir ou o que pensará...quer dizer, pelos menos eu estou-me cagando, lolol (deve ser por isso que me têm aparecido coisas fantásticas, eheheh)...aiiiiiii, adoro viver!

    Beijos

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  10. Patrícia,

    Épa! Agora foste tu quem me fez sorrir e gostooooo!
    (Obrigada)

    "perdem-se oportunidades, momentos, tanta coisa..."

    Perde-se até a oportunidade de saber se se perdeu, de facto, alguma coisa...

    Sim, e também concordo que a vida nos faz relevar certas coisas. O tempo a passar, as experiências vividas e, por consequência, o avançar nos anos, vão-nos mostrando que importa mais o que nós pensamos do que aquilo que os outros pensam de nós. Ganhamos estatuto!

    E tu serás um excelente exemplo de que é quando menos se espera que as borboletas têm repentes! Lololol

    ;)

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  11. Eu sou estupidamente simples e não estou a sorrir :(...acabo sempre a chorar porque dizer "adoro-te", "apeteces-me", "desejo-te" e afins, traz-me amargos de boca e não é pelo sexo oral como possas estar a pensar eeheheh. É sim porque para quê ser simples mum mundo de calculistas e prepotentes que só pensam no seu bem estar e no tempo que essa pessoa pode significar algo, nem que seja um enche egos! Pois que eu continuarei a ser a estúpida simples que diz o que lhe vai na alma e que tem a alma com mais feridas que um gajo atropelado por um comboio :(! Doi! Mas serei assim até ao fim, a tonta desbocada que é mais transparente que a água do luso :(! Hoje estou triste...já deu para reparar??? :(

    Abreijinhos e boas férias para mim....ou seja lá o que isso for :(. Até o São Pedro está contra mim...dasssse...

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  12. Afrodite,

    Eu sei que tu és assim! Eu admiro-te também por isso, embora eu própria já te tenha aconselhado a arrotares menos o que comes, lembras-te? E também não me refiro ao sexo oral! (Refiro-me as todas as outras variedades, lol), mas é por isso mesmo, porque embora admire quem assim é, sei que isso traz sofrimento, traz abusos por parte de outros, traz ferimentos.

    Lá está, tu és um exemplo de que quem mostra no momento o que lhe vai na alma, quem diz o que pensa sem cinismo, quem se mostra à transparência da água está mais sujeito aos abusos de outros seres que usam isso como fragilidade para se superiorizarem, para abusarem.

    Não deixes que te abusem mas continua assim. Por favor não te estragues!

    E anima-te que vêm aí as fériasssss!!!

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  13. Pax, sei que me deixas assinar por baixo o que acabaste de escrever à Afro.

    E acrescentaria mais uma vez Afrodite, que NÃO, eles NÃO são todos assim!!!

    Muitas vezes inconscientemente pomo-nos a jeito, e SIM na vida e para tudo o resto necessitámos todos de um pouquinho de sorte!

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  14. Paulo,

    Deixo-te assinar o que quiseres!

    E eles NÃO são todos assim mas ela adora os que assim são! (E depois tunga, lá estão as consequências)

    Eu cá continuo a achar que, na vida, até para levarmos com a sorte em cima teremos de ser nós a colocarmos-nos a jeito por baixo dela!

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  15. Sabes, nunca tive paciencia para esses joguinhos...quis telefonar, telefonei! (mentira,eu não telefono, mando sms :D). E, qd ele me disse, sabes, eu gosto de ti...eu respondi, sim, eu sei, e agora era uma boa altura para me beijares! :DDDDDDDD muito subtil e romantica, nãooooooooooooo?? :D

    O que é certo é q já se passaram 9 anos depois dessa noite e ainda dizemos um ao outro, "e um beijo pra mim, não há?" :D

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  16. Vani,

    Exactamente!
    Assim é que deveria ser!
    Queres, toma! Quero, dá cá!
    Seria muito mais simples. Se vocês estivessem estado com joguinhos, possivelmente já não se viam há uns nove anos!

    Se bem que esse beijo, realmente, não teve um principio lá muito romântico... Lol

    Não te estragues tu também :)

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  17. Epá, ganda texto! (não estou a falar de tamanho)

    Uma vez, uma amiga minha que era apaixonada pelo namorado, chegou a minha casa e perguntou: "Acabei com ele! Agora o que é que eu faço para ele me pedir em namoro novamente???" Confesso que, como gumpiana que sou, fiquei a olhar para ela com o mesmo olhar do Forrest... "Credo, mas porque é que acabaste?!" e ela lá explicou que era um "ponto de honra" qualquer, no meio de uma discussão.

    Suponho que não é necessário grande calculismo, se se gosta vai-se em frente até ver, o mais que pode acontecer é uma "tampa" ou desilusão! É chato, mas é mais simpático do que perder o barco, mesmo que se venha a verificar que afinal era só uma canoa, que ainda por cima mete água por todos os lados!

    Dia a seguir (se der), quando não no seguinte, nunca vale a pena adiar (des)ilusões... :)

    E já me alonguei! :D

    Beijocas!

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  18. Eh, eh, eh, ainda não tinha visto o comentário da Vani... :)))

    Mais beijocas!

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  19. Teté,

    Essa do "ganda texto" vinda de ti rendeu-me baba até ao fim do comentário!

    "Acabei com ele! Agora o que é que eu faço para ele me pedir em namoro novamente???"

    Ahahahah, é isso mesmo: dificultar o que seria simples! Mas se ela teve um bom motivo para o fazer sofrer um bocado, até aprovo; pior é se acabou por perder algo que afinal tinha e decidiu deitar fora.

    "é mais simpático do que perder o barco, mesmo que se venha a verificar que afinal era só uma canoa, que ainda por cima mete água por todos os lados!"

    Completamente! Vale mais arriscar molhar os pés e ter de voltar para terra a nado do que ficar a ver o que se julga ser um paquete de luxo a afastar-se e ficar de pézinho enxuto e lencinho branco a abanar, com a lágrima no canto do olho!

    (Aloooooonga-te à vontade!)

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    Eheheh, acho que a Vani vai passar a ser a minha heroína! ;)

    Beijos!

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  20. Sabes quem se comporta assim, sempre? As crianças. Infelizmente depois crescem e ficam adultos parvos como tu e eu. Pronto, como tu... :D

    Beijocas!

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  21. Rafeiro,

    Vê lá se queres que eu aprenda a rosnar!
    ;)
    Giro, giro, seria se continuassemos a ser crianças e quando quizessemos algo que não saisse da prateleira: cú no chão e uma birra!
    :) :) :)

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  22. Bom texto com todo o sentido e muito real.

    As pessoas muito calculistas não ~serão muito felizes!

    bjs

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  23. Alfabeta,

    :)
    Também acho que pessoas muito calculistas acabam por perder momentos de felicidade que podem resultar de pequenos/grandes impulsos. A Vida, afinal.

    Beijos :)

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  24. Estamos sempre com medo de nos arrepender, não é ?

    Só falta arrepender-mo-nos de ter nascido, para justificar todas as coisas que deveríamos ter tentado fazer... e que sempre preferimos não tentar...

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  25. Entremares,

    Acho que muitas vezes temos é medo da rejeição e, por isso, rejeitamos primeiro. O problema é que rejeitamos também a hipótese de nos darmos (a nós próprios) uma possibilidade de saber se valeria a pena ou não. E por isso, dói mais o arrependimento por não ter feito algo do que o por ter feito.

    :)

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  26. Eu nunca tive muita pachorra pra jogos amorosos, nem ele. As coisas eram ditas directamente, a seu devido tempo (se bem q às vezes levava muito tempo, mas ele atrasa-se sempre pra tudo, por isso...). Tipo, ele a levar-me à paragem de bus, no dia seguinte a uma saída romântica (sem beijoquices ainda ahahah), ser inicio de Verão e ele despedir-se assim: "então vemo-nos depois do Verão, até lá" e eu responder, "mas tu és parvo ou fazes-te? não há autocarros? não tens carro? não me podes vir visitar? eu não te posso visitar?" e ele, "mmm, pois, realmente, tens razão". Isto, uma semana antes do tal primeiro beijo desastrado. Mas tivemos 9 anos pra compensar :D

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  27. Vani,

    Eu também acho que a melhor maneira para que não existam mal-entendidos ou coisas suspensas é mesmo essa: a sinceridade, o dizer o que se pensa ou quer no momento em que se pensa e quer.
    Tudo o que fica por dizer, fica na memória como perdido, como algo que poderia ter feito alguma diferença se tivesse saído... ou não, mas só assim se saberá.

    :)

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