Esta frase, que ouvi (ontem) na véspera de natal, tem andado a bater cá dentro… bem é melhor contar a cena para poderem perceber…
Então foi assim, estava eu a guardar as compras na caixa do supermercado, enquanto o meu pai pagava. Notei que o sr. que tinha estado à nossa frente tinha deixado o telemóvel e a carteira na extremidade do rebordo da caixa. Vim à porta e como ainda o vi a meio da rua, voltei lá dentro, peguei nas coisas e correndo (pois não queria que o meu pai tivesse que ficar muito tempo à minha espera) fui devolvê-las ao sr.. Depois de me agradecer e de me desejar um “bom natal” disse “Já não há muitas pessoas assim” e sorriu com uma expressão que traduzia um misto de agradecimento e de alívio…
(contei não para ficarem a pensar “ele é muito boa pessoa” embora, tenha de confessar que, claro que me agrada que pensem assim, pois tento ser…)
Como disse, a frase ficou a bater cá dentro… fiquei a pensar quantas pessoas conheço fariam o que fiz?... não gostei das respostas que encontrei a esta pergunta… as inquietações não são novas mas porque estamos nós cada vez mais egoístas?... este foi um gesto simples (custou uma corridinha e uns minutos de espera ao meu pai) mas quase que estou a ver a cara de uma amiga se lhe contasse esta história e o seu tradicional “tu não existes” seguido daquele sorriso de menina do campo, que tanto aprecio.
Convençam-me que o sr está errado, que há muitas pessoas assim! Senão de que vale falar de natal?
FATifer
Não há muitas pessoas assim... verdade! Especialmente nas grandes cidades, onde as pessoas se tornaram seres completamente individualistas e que por vezes nem os próprios vizinhos conhecem ou cumprimentam quando se cruzam no vão da escada.
ResponderEliminarEu não sei o que faria, dependeria do meu humor nesse dia, mas provavelmente faria o mesmo que tu... E a frase correcta do senhor deveria de ter sido: " ainda bem que continuam a haver algumas pessoas assim" isso leva-nos a perceber que afinal o ser humano ainda não está assim tão mal como pensávamos...
Bjokas ;) crazy_girl
Crazy Girl,
ResponderEliminar“E a frase correcta do senhor deveria de ter sido: " ainda bem que continuam a haver algumas pessoas assim" isso leva-nos a perceber que afinal o ser humano ainda não está assim tão mal como pensávamos...”
Pois talvez… quero acreditar que haverá mais a dizerem como tu:
“mas provavelmente faria o mesmo que tu...”
por mais que reconheça que tens razão quando dizes:
” Especialmente nas grandes cidades, onde as pessoas se tornaram seres completamente individualistas e que por vezes nem os próprios vizinhos conhecem ou cumprimentam quando se cruzam no vão da escada.”
É uma triste realidade…
Noutro registo, fico contente de te ver de novo no nosso cantinho, obrigado por mais esta visita.
Beijinhos,
FATifer
Mas não há mesmo. Pelo menos aí em Portugal.
ResponderEliminarVou jantar fora, levanto-me para ir ao WC e em vez de me recolherem o prato sujo, recolheram-me o telemóvel.
Aqui se me levanto para ir ao WC, alguém me chama a atenção se eu deixar, nem que seja um pacote de chiclets na mesa.
Certo dia em PT, achei uma carteira num bar. Lá dentro 20.000 escudos em notas de 5 contos o equivalente a 100 euros. Disse à senhora do balcão que tinha achado uma carteira e deixei o meu numero.
Passado duas horas uma senhora telefona-me e de uma forma fria diz-me para ir ao bar.
Fui, dei-lhe a carteira, ela abriu, confirmou o dinheiro, virou costas e nunca mais a vi.
Nem um agradecimento, eu deveria era seguido o conselho de um colega meu e pagar uma bebedeira à malta. Ou apresentar queixa da senhora. Eu não queria recompensa, mas um obrigado só ficava bem, até porque a lei estipula que quem acha tem direito legal a 10%.
Bem, eu faria o mesmo! A correr é que não,que eu detesto correr. ehheh
ResponderEliminarbeijinho
Crest©,
ResponderEliminarPois não sei se verei as coisas tão negras assim… ainda há pessoas como nós… e por mais que não ache que alguém venha aqui assumir que não faria o que fiz (até porque este cantinho é muito bem frequentado) quero acreditar que não somos assim tão poucos…
Infelizmente não me custa acreditar no que contas e isso entristece-me… mas, como disse, quero acreditar que ainda somos uns quantos “bem intencionados”.
Abraço,
FATifer
Who Am I,
ResponderEliminarComo expliquei, fui a correr porque o sr já ia a meio da rua e não queria deixar o meu pai à espera ;)
Também não gosto de correr por correr. Neste caso ia a qualquer lado e como nem tenho jogado à bola até me fez bem ;)
Obrigado por juntares a tua voz e tentares convencer-me que há mais como eu, como tinha pedido.
Beijinhos,
FATifer
Há pessoas assim, há! E muitas, suponho!
ResponderEliminarSó que a atitude contrária de apanhar-e-guardar-no-bolso também tem os seus adeptos e é dessas que as pessoas falam mais...
O meu marido uma vez perdeu a carteira na rua, sem dar por nada, e no dia seguinte telefonaram-lhe para a devolver, com tudo intacto, dinheiro inclusivé. Ainda se deram ao trabalho de procurar o nº de telefone e telefonar...
Beijocas!
Eu também sou assim, mas isso não chega para falar de natal...
ResponderEliminarBeijo
Bem, eu também faço esse tipo de "parvoices".
ResponderEliminarAcho que se um dia o não fizesse nem iria conseguir dormir e, portanto, nem arrisco :)
Fica tranquilo, há mais pessoas assim, sim :)
Teté,
ResponderEliminar“Há pessoas assim, há! E muitas, suponho!”
:)
Ainda bem que assim achas… eu também quero acreditar que sim.
Beijinhos,
FATifer
Ricardo,
ResponderEliminarAinda bem que também és assim… pode não chegar para falar de natal mas é um começo ;)
Não tendo nada contra o teu “beijo” mas prefiro retribuir com:
Um abraço,
FATifer
Pax,
ResponderEliminar“Fica tranquilo, há mais pessoas assim, sim :)”
Pois tu não tinha dúvida que fazias “parvoíces” destas e claro que fico mais tranquilo por seres tu a dizer que há mais pessoas assim ;)
Beijinhos,
FATifer
"fico mais tranquilo por seres tu a dizer que há mais pessoas assim ;)"
ResponderEliminarEu conheço várias pessoas assim.
E gosto muito de conhecer pessoas assim, como tu.
O mundo pode nem ser tão mau como muitas vezes parece, depende sempre de termos ou não a sorte ou a possibilidade de nos cruzarmos com pessoas "assim", como teve esse senhor.
Beijos :)
Nessa situação, numa caixa de supermercado, acho que há muitas pessoas assim. Já noutra circunstância, se calhar já não há tantas assim. A ocasião faz o ladrão, e quando não há ninguém por perto, se calhar a coisa vai por outro caminho. Há quem pense várias vezes, há quem pense apenas duas, uma, ou há até quem não pense. E ouse ser honesto. Ou não.
ResponderEliminarPax,
ResponderEliminar:)
(repito-me mas tem de ser, é também um privilégio ter-te conhecido e continuar a partilhar este espaço contigo)
Bejinhos,
FATifer
Bruno,
ResponderEliminar(ia dar-te as boas vindas mas depois reparei que a Pax já o fez naquele que foi, na verdade, o teu primeiro comentário neste nosso espaço…)
Gostava de não concordar com o que dizes mas é mesmo porque concordo que pedi que me convencessem do contrário…
Sublinho esta tua frase:
“…ouse ser honesto”
Obrigado pela visita, volta sempre.
Cumprimentos,
FATifer
Sinceramente, se te consola, eu faria o mesmo que tu fizeste, até deixando a gente toda a esperar por mim na fila na caixa. Não imagino outra opção. E estou certa que ninguém protestaria, achariam normal, pois todos estariam a colocar-se no lugar de quem deixou a carteira, ou o que fosse, esquecido.
ResponderEliminarQue há quem não faria? Com certeza.
Já esqueci uma vez as chaves da mota na mesa enquanto ia à casa de banho (a mota fora à vista) num café bastante concorrido e quando voltei, estavam lá, chaves e mota. E foi em Portugal. Vocês tendem a pensar sempre mal do seu país mas gente normal e má há em toda a parte.
Sun Iou Miou,
ResponderEliminarSinceramente consola-me sim… (bem como gosto de te voltar a ver por este nosso cantinho.)
“Vocês tendem a pensar sempre mal do seu país mas gente normal e má há em toda a parte.”
Uma grande verdade que dizes mas olha que na minha opinião nós somos mesmo demasiado autocríticos, não nos valorizando o quanto devemos… é uma questão cultural que daria pano para mangas debater…
Agradeço-te, também a ti, responderes ao meu pedido e tentares convencer-me que não estou sozinho… eu sabia que não estava mas é sempre bom poder confirmá-lo!
Beijinhos,
FATifer